NA EUROPA

Dinheiro público: Ministro do STF gasta R$ 39 mil com segurança para assistir final da Champions League

Ministro Dias Toffoli permaneceu na Inglaterra entre os dias 25 de maio e 3 de junho

Publicado em: 06/06/2024 14:32
Última atualização: 06/06/2024 14:33

O ministro do Supremos Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, esteve entre os dias 25 de maio e 3 de junho na Inglaterra. No último sábado (1º) Toffoli aproveitou a estadia para ir ao Wembley, onde assistiu a final da UEFA Champions League entre Real Madrid e Borussia Dortmund.


Segurança de Dias Toffoli na Inglaterra foi pago com dinheiro público Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Conforme o jornal Folha de São Paulo, o STF pagou R$ 39 mil em dinheiro público a um segurança que acompanhou a viagem do ministro à Inglaterra. A informação foi confirmada pelo Estadão. 

O ministro do STF assistiu à partida no camarote do empresário Alberto Leite, dono da FS Security, uma agência de segurança digital. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.

Questionado, Toffoli respondeu ao jornal que arcou com os custos relativos a passagens, hospedagem e demais despesas de consumo, mas não esclareceu se bancou os gastos com segurança pessoal. O valor das diárias do segurança do ministro constam no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), plataforma do governo federal para ordens de pagamento do poder público.

Dias Toffoli assistiu a final da Champions League entre Real Madrid e Borussia Dortmund Foto: Real Madrid/ Divulgação


Gastos no STF 

Como mostrou o Estadão, de junho de 2023 a maio deste ano, os ministros do Supremo marcaram presença em ao menos 22 agendas no exterior. O índice corresponde a uma média de dois eventos internacionais a cada mês.

Os magistrados arcam com as despesas de passagem e hospedagem, mas o valor pago com segurança pessoal são oriundos do poder público. Em 2023, por exemplo, o segurança do ministro Luiz Fux registrou R$ 145 mil em diárias emitidas. Uma parcela deste montante acaba estornada aos cofres públicos quando a viagem é cancelada ou nos casos em que um magistrado retorna ao Brasil antes do prazo prevista.

O STF reconhece o aumento dos gastos com segurança dos magistrados, mas alega que o custo aumentou em razão da crescente hostilidade contra os membros da Corte. O Supremo também argumenta que pagar servidores brasileiros para a guarda pessoal dos ministros é menos custoso que contratar seguranças estrangeiros.

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