O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta sexta-feira, 8 de março. E que tal relembrar – ou conhecer – 7 mulheres incríveis, que mudaram a história do mundo.
1. Maria da Penha
Nascida em 1945, em Fortaleza, Ceará, Maria da Penha cursava o mestrado quando conheceu Marco Antonio Heredia. Em 1974, começaram a namorar e casaram em 1976.
A partir do momento em que ele conseguiu a cidadania brasileira, começou a ser violento e abusivo com Maria. Em 1983, Heredia atirou nas costas da esposa enquanto ela dormia, deixando ela paraplégica, com lacerações e lesões irreversíveis.
Ele afirmou à polícia que alguém havia tentado assaltar a casa e tentado matá-la – o que foi desmentido depois. Em recuperação, ela voltou para casa, onde foi mantida em cárcere privado. Ainda, ele tentou eletrocutar Maria durante o banho.
Só então, Maria da Penha começou a entender o que estava acontecendo. Ela ficou 19 anos tentando justiça. Em 1996, Heredia foi condenado a 10 anos e 6 meses, mas não cumpriu a sentença.
Após o caso ganhar repercussão mundial, a Lei Maria da Penha foi sancionada em 2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ser aprovada com unanimidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Maria da Penha tem um instituto com seu nome, onde atua ajudando mulheres em situação de violência doméstica e conscientizando o mundo sobre o tema.
2. Coco Chanel
Nascida em 19 de agosto de 1883, Gabrielle Chanel teve uma infância humilde. O contato com a costura começou no internato que frequentou após a morte da mãe, quando a futura estilista tinha apenas 12 anos.
O que começou com chapéus, cresceu e se tornou a grande loja de moda de alta costura, a Chanel. Coco Chanel ajudou a libertar as mulheres de espartilhos e roupas pesadas, popularizando chapéus e peças mais leves, como as calças. Teve relacionamentos, mas nunca se casou ou teve filhos por opção.
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3. Marie Curie
Nasceu na Polônia, em 1867, Marie Sklodowska Curie que se interessou por química e física, estudando na ambos França. Ela descobriu e nomeou os elementos químicos: rádio e polônio.
Em 1903, ganhou o primeiro Prêmio Nobel por suas pesquisas sobre radiação, junto com o marido Pierre Curie e o físico Henri Becquerel.
Em 1911, veio o segundo, mas desta vez em química e sozinha. Ela foi premiada por ter descoberto o rádio.
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4. Catarina II, A Grande
Frederica Sofia nasceu em 1729, na Polônia. Apesar de ser uma princesa filha de um nobre decadente, sua educação e inteligência capturaram os olhos da imperatriz da Rússia, Isabel. Sem filhos, o único herdeiro que tinha era o sobrinho Pedro III, neto de seu pai, Pedro, O Grande.
Aos 15 anos, Frederica se converteu à fé ortodoxa e passou a se chamar Catarina. Vendo ali sua oportunidade para fugir das garras da mãe e finalmente ascender a um local de poder, ela se dedicou a aprender a língua russa e, logo, cativou o amor do povo.
O casamento foi infeliz e ambos tiveram amantes, o que era sabido por toda corte. Algum tempo após Isabel ter falecido e Pedro subiu ao trono, Catarina foi acordada e alertada de que deveria tomar o trono, o que fez. Com um golpe de estado, apoiada pela maioria do povo, ela virou imperatriz.
Recebeu o título de A Grande após a morte por seus feitos. Ganhou batalhas, levou mais para a Rússia, aumentou o território e criou as montanhas-russas.
5. Katherine Johnson
Matemática, física e cientista espacial norte-americana, Katherine Johnson nasceu em 1918, nos Estados Unidos. Na década de 1950, entrou para a Nasa, aproveitando vagas abertas pela agência espacial para Computadores: mulheres afro-americanas que resolviam os problemas matemáticos.
Apesar de ter um cargo importante, ainda trabalhava segregada dos colegas brancos. Assim, usava banheiros e comia em locais diferentes deles, o que só acabou no final da década.
Muito curiosa, Katherine fazia muitas perguntas e queria aprender mais sobre o trabalho. Porém, as mulheres não participavam de reuniões na época, o que não foi um problema para ela, já que ela logo começou a participar mesmo assim. Em 1960, foi a primeira mulher da divisão a receber créditos por um relatório.
Líder na equipe de cálculo de trajetos, ela escreveu mais de 20 relatórios e afirmou que sua maior contribuição havia sido que a matemática que ela empregou ajudou a fazer com que o Programa Apollo se tornasse realidade e o homem pousasse na Lua.
6. Mary Shelley
Filha de um filósofo e uma feminista, Mary Wollstonecraft Godwin nasceu em agosto de 1797, no Reino Unido. Perdeu sua mãe 10 dias após nascer e seu pai casou novamente. Ela teve dois irmãos, Charles e Claire.
Aos 16 anos, conheceu o poeta Percy Bysshe Shelley, 21, e fugiu com ele, acreditando estar muito apaixonada, levando junto sua irmã. Mas as coisas não foram muito boas.
Em meio a traições e brigas, eles foram passar um tempo na mansão de Lord Byron, onde todos foram desafiados a escrever histórias de terror. Foi assim que nasceu Frankenstein.
Ela escreveu outros livros, com Mathilda. Entretanto, Frankenstein é uma das histórias mais celebradas até hoje, se tornando uma criatura famosa na cultura pop.
7. Ada Lovelace
Augusta Ada Byron King nasceu em 1815, em Londres. Conhecida como Condessa de Lovelace, ela se apaixonou por matemática e começou a trabalhar com o matemático Charles Babbage na Máquina Analítica, com a função de fazer cálculos. Entretanto, ele morreu antes de concluir.
Em 1842 traduziu o manuscrito de um matemático e engenheiro italiano. Durante sua tradução, ela fez anotações sobre como a Máquina Analítica poderia alavancar a sociedade, e escreveu um algoritmo que para ela computar os números de Bernoulli, uma sequência finita ou infinita de de variáveis binárias (0 e 1).
Este foi reconhecido pela academia científica, posteriormente, como o primeiro programa de computador da história. Ada criou o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, sendo a primeira programadora do mundo.
Uma curiosidade é que Ada é filha de Lord Byron, o poeta que desafiou Mary Shelley quando a escritora criou Frankenstein.
*Com informações de Chanel, Fiocruz, Darkside, MT Ciências, Instituto Maria da Penha, Universidade federal de Minas Gerais
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