abc+

Faltam cinco dias...

Dezembrite: saiba o que é a síndrome do fim do ano

Psicólogos de Canoas dão dicas para enfrentar o estresse comum nesta época do ano

Publicado em: 27/12/2023 às 16h:06 Última atualização: 27/12/2023 às 16h:42
Publicidade

É alto o percentual de pessoas economicamente ativas que apresentam níveis maiores de estresse, ansiedade e até depressão quando chega o final do ano. O índice é de 80%, de acordo com dados da International Stress Management Association (Isma).

Acúmulo de atividades, como as compras, contribuem para gerar a síndrome



Acúmulo de atividades, como as compras, contribuem para gerar a síndrome

Foto: PAULO PIRES/GES

Entre psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, o termo dezembrite vem sendo usado para fazer referência a essa Síndrome do Fim do Ano, comenta a psicóloga Renata Dotto. As causas estão na autocobrança, no estresse causado pela agenda de atividades, com as confraternizações e festas de fim de ano, na melancolia e nas angústias que os términos de ciclos trazem.

Quando chega dezembro, diz a profissional, as pessoas analisam o que fizeram e deixaram de fazer, repensam os planos e metas feitos ao longo do ano e junto com isso, muitas vezes, vem a autocrítica e a cobrança. “Como se no dia 31 de dezembro fosse tudo mudar. Não, a vida é contínua, acertamos, erramos, nos aprimoramos”, afirma.

A dica da psicóloga é listar as coisas boas que aconteceram e trabalhar a autocompaixão e o autoacolhimento. “Nos acolher como fazemos com os outros. Fizemos o que foi possível e da melhor forma que podíamos, segundo os próprios limites”, ressalta. Renata acrescenta que é importante evitar o sentimento de não se sentir bom o suficiente, de focar no lado negativo, sem se torturar. Ela recomenda fazer coisas que tragam bem-estar e pensar que um novo ano está chegando com outras oportunidades. “Fixe o pensamento no reinício e não no fim”, indica. Diz ainda que não é necessário se obrigar a participar das confraternizações, por convenção social. “Só vá, se fizer sentido para você. Trate-se com gentileza”.

O psicólogo Fernando da Rocha Luiz destaca que comportamentos de introspecção e de reflexão podem estar relacionados às lembranças afetivas deste período, além das expectativas e projetos que foram pensados durante o ano. Luiz observa que esses sentimentos e comportamentos não devem limitar de viver momentos novos e de ressignificar o que gera sofrimento.

“Uma boa reflexão de fim de ano é saudável para o planejamento e para a organização pessoal, antes de retomar a rotina e garantir a energia necessária para as demandas do ano que está começando. O recomendado por especialistas é ter, pelo menos, dez dias para descansar e revigorar a energia. “Aproveite o tempo da melhor forma possível, priorizando o descanso e o lazer”. Se possível, não se sobrecarregue em atividades exaustivas. 

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade