A Polícia Federal e a Receita abriram, na manhã de quarta-feira (18), a Operação Sucata na mira de empresários que devem mais de R$ 5 bilhões em impostos. O grupo sob suspeita teria criado mais de 50 empresas – a maioria fantasma – para burlar o pagamento de tributos e usado laranjas para se isentar das cobranças.
Agentes vasculham dez endereços no Rio de Janeiro – nos bairros de Campo Grande e Barra da Tijuca – e em Duque de Caxias. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio, que ainda decretou o bloqueio de todos os bens do grupo para garantir o pagamento dos impostos.
A constrição atinge: mais de 40 imóveis, avaliados em cerca de R$ 38 milhões; mais de 120 veículos, incluindo carros de luxo; um iate avaliado em R$ 14 milhões; e o dinheiro em contas dos investigados.
A apuração se debruça sobre supostos delitos de sonegação de impostos, associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro – crimes com penas que, somadas, podem chegar a 23 anos de reclusão.
O nome da ofensiva, Sucata, faz referência à atuação do grupo investigado, que produz insumos para a indústria a partir da reciclagem de sucata, como alumínio e outros metais.
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