O ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) teve o mandato de deputado federal cassado e foi multado em R$ 433 mil. De acordo com o portal G1, a decisão da juíza Márcia Santos Capanema de Souza também o torna inelegível para a próxima eleição.
Crivella, que comandou a cidade do Rio de Janeiro entre 2017 e 2020, é acusado de montar esquema, para impedir reportagens no seu último ano de gestão sobre a saúde no Rio — o caso ficou conhecido como “Guardiões do Crivella”.
A decisão da juíza Márcia impede que o político concorra a qualquer cargo por oito anos, a contar da última eleição municipal. A decisão, datada de 8 de maio, é resultado de ação ajuizada pela coligação “É a vez do povo!” (PT e PCdoB), feita em 2020.
Na ação, Crivella, que é bispo da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo, é acusado de “prática de abuso de poder de autoridade e conduta vedada a agente público em campanhas eleitorais, com base na Constituição”.
Na ação, a coligação afirmou que o ex-prefeito montou um esquema para “monitorar e impedir a interlocução de cidadãos com profissionais de imprensa” com o intuito de barrar informações sobre o sistema de Saúde do Rio em período eleitoral.
Na sentença, a magistrada disse que a decisão tinha “caráter pedagógico-preventivo” e também demonstrava o repúdio à “conduta moral e ilegal perpetrada”.
Crivella começou a carreira política em 2003 quando assumiu o cargo de senador. Em 2012, ele assumiu o cargo de ministro da Pesca no governo de Dilma Rousseff (PT). Ele ficou no cargo por dois anos, voltando ao Senado em 2014. Em 2018, impulsionado pelo tio, Crivella foi eleito prefeito do Rio de Janeiro.
*Com informações do portal G1
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