POLÍTICA

CPI DO MST: "O campo precisa de paz", diz Tenente-coronel Zucco sobre invasões; deputado gaúcho vai presidir comissão

Parlamentar que foi um dos mais votados na eleição do ano passado na região diz que missão é investigar o que está por trás da "escalada de invasões"

Publicado em: 17/05/2023 20:16
Última atualização: 26/03/2024 20:13

Candidato a deputado federal mais votado em 2022 nas principais cidades da região, Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) foi confirmado nesta quarta-feira (17) como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara dos Deputados para investigar as invasões de terra promovidas pelo MST no País. Ele foi o autor do requerimento de abertura da CPI.

Deputado Tenente-coronel Zucco é o presidente da CPI do MST Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Em sua primeira entrevista sobre o assunto, Zucco disse que "o campo precisa ter paz" e que "cabe à CPI devolver a paz ao campo". "É muito importante que a gente realmente entenda que temos um fato concreto. Está havendo uma escalada de invasões e a CPI vai investigar o que está por trás dessa escalada de invasões", disse. O colegiado tem 120 dias para concluir os trabalhos.

O presidente adiantou ainda que a ideia é fazer diligências nas principais regiões onde houve invasão de terra pelo MST nos últimos meses. "Vamos in loco entender o que está acontecendo. Não podemos mais ter produtor com medo em sua propriedade, seja ele pequeno, médio ou grande", salientou. Zucco frisou que "não há aqui revanchismo, não estamos fazendo trabalho de oposição".

Na condição de presidente, Zucco indicou o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, deputado federal pelo PL de São Paulo, para o posto de relator. A chapa eleita tem ainda o deputado Kim Kataguiri (União-SP) na primeira vice-presidência, o deputado delegado Fábio Costa (PP-AL) na segunda vice-presidência e o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) na terceira vice.

Do total de 17 votos, a chapa recebeu 16 (um voto foi em branco). Por acordo, não houve disputa e a inscrição de novas chapas. Depois de ser definido relator da CPI, Salles, que é crítico do MST, disse que fará um trabalho "técnico" e com "máximo de imparcialidade". Ele afirmou ainda esperar contar com a "ajuda" daqueles que são favoráveis ao movimento.

O requerimento de abertura da comissão foi lido no fim de abril pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). A abertura da CPI do MST foi motivada por recentes invasões que o movimento fez. No período entre janeiro e 23 de abril de 2023, o MST realizou 33 invasões de imóveis rurais pelo Brasil, número que supera o total de ações em cada um dos últimos cinco anos.

Veja quem faz parte da CPI do MST

Ana Paula Leão (PP-MG)
Capitão Alden (PL-BA)
Caroline de Toni (PL-SC)
Charles Fernandes (PSD-BA)
Delegado Éder Mauro (PL-PA)
Delegado Fabio Costa (PP-AL)
Domingos Sávio (PL-MG)
Evair Vieira de Melo (PP-ES)
José Rocha (UNIÃO-BA)
Kim Kataguiri (UNIÃO-SP)
Lucas Redecker (PSDB-RS)
Magda Mofatto (PL-GO)
Max Lemos (PDT-RJ)
Messias Donato (Republicanos-ES)
Nicoletti (UNIÃO-RR)
Ricardo Salles (PL-SP)
Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS)
*Coronel Assis (UNIÃO-MT)
*Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
*Coronel Ulysses (UNIÃO-AC)
*Delegada Katarina (PSD-SE)
*Diego Garcia (REPUBLICANOS-PR)
*Gustavo Gayer (PL-GO)
*Joaquim Passarinho (PL-PA)
*Marcos Pollon (PL-MS)
*Rafael Simoes (UNIÃO-MG)
*Rodolfo Nogueira (PL-MS)

(*) Suplentes

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