Política
Correção: Apartamento de sindicalistas é incendiado em Curitiba
Última atualização: 11/01/2024 11:37
O tÃtulo do texto ateriormente publicado continha um erro. Segue versão corrigida.
Um incêndio destruiu um apartamento alugado por duas sindicalistas no bairro Abranches, em Curitiba, na terça-feira, 3. As moradoras, que tinham viajado a BrasÃlia para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não estavam no imóvel. Entre as suspeitas para a motivação, estão os crimes de intolerância polÃtica e homofobia. A polÃcia também investiga furto qualificado, já que um veÃculo e duas televisões foram levados do local, e incêndio criminoso.
Documentos, livros, bandeiras e outros objetos que faziam referência ao Partido dos Trabalhadores (PT), à luta sindical e a movimentos progressistas foram amontoados e queimados dentro do apartamento das dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Loide Ostrufka e Juliana Mildemberg. Uma perÃcia no imóvel apontou previamente sinais de arrombamento e de incêndio causado por ação humana.
"Queimou tudo, tudo que tinha no meu quarto se perdeu. Todas as roupas, livros, materiais, documentos de pesquisa. No quarto da Loide também muita coisa se perdeu, algumas roupas dela ainda ficaram pelo caminho. O importante é que estamos bem. O que é material a gente constrói novamente", afirmou Juliana em uma rede social. As sindicalistas estão organizando uma vaquinha virtual para ajudar com o prejuÃzo.
De acordo com o delegado Geraldo João Celezinski, do 4º Distrito Policial de Curitiba, responsável pela investigação, há indÃcios consistentes de motivação polÃtica e homofobia.
"Por que só queimar fotografias pessoais em que estavam uma das moradoras e a companheira dela e não as outras? Por que queimar bandeira? Independentemente da posição polÃtica do autor, estamos considerando essas hipóteses (de motivação polÃtica e homofobia)", explicou o delegado ao Estadão. Ele contou que o veÃculo levado era da companheira de uma das sindicalistas, que não mora no local.
Celezinski disse que o incêndio não teve proporções maiores porque alguém na vizinhança percebeu a fumaça e acionou o Corpo de Bombeiros. "Ainda não temos detalhes sobre as causas do incêndio. O Instituto de CriminalÃstica tem 30 dias para mandar o laudo. A priori é para ser criminoso, tanto que estamos investigando com essa natureza. Também temos 30 dias para concluir a investigação, mas se não conseguirmos até lá vamos pedindo prazo para conseguir mais pistas", afirmou.
Ainda conforme o delegado, os investigadores chegaram até imagens de câmeras de segurança do entorno do imóvel incendiado e estão trabalhando para tentar identificar possÃveis suspeitos e precisar o horário em que ocorreu o incêndio. As moradoras não relataram ter sofrido ameaça recente.
Em nota, o PT informou que está adotando medidas jurÃdicas sobre o incêndio no apartamento das diretoras sindicais, que são filiadas ao partido. O comunicado trata o caso como "provável crime de intolerância polÃtica". "É inadmissÃvel que esse tipo de violência e intolerância sejam realizadas por uma parcela da população que defende atos antidemocráticos e a instauração de um golpe no PaÃs. Esse tipo de crime deve ser investigado e os responsáveis devem ser punidos". Também em nota, o Sismuc repudiou o caso e afirmou que está prestando amparo à s vÃtimas.
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O tÃtulo do texto ateriormente publicado continha um erro. Segue versão corrigida.
Um incêndio destruiu um apartamento alugado por duas sindicalistas no bairro Abranches, em Curitiba, na terça-feira, 3. As moradoras, que tinham viajado a BrasÃlia para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não estavam no imóvel. Entre as suspeitas para a motivação, estão os crimes de intolerância polÃtica e homofobia. A polÃcia também investiga furto qualificado, já que um veÃculo e duas televisões foram levados do local, e incêndio criminoso.
Documentos, livros, bandeiras e outros objetos que faziam referência ao Partido dos Trabalhadores (PT), à luta sindical e a movimentos progressistas foram amontoados e queimados dentro do apartamento das dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Loide Ostrufka e Juliana Mildemberg. Uma perÃcia no imóvel apontou previamente sinais de arrombamento e de incêndio causado por ação humana.
"Queimou tudo, tudo que tinha no meu quarto se perdeu. Todas as roupas, livros, materiais, documentos de pesquisa. No quarto da Loide também muita coisa se perdeu, algumas roupas dela ainda ficaram pelo caminho. O importante é que estamos bem. O que é material a gente constrói novamente", afirmou Juliana em uma rede social. As sindicalistas estão organizando uma vaquinha virtual para ajudar com o prejuÃzo.
De acordo com o delegado Geraldo João Celezinski, do 4º Distrito Policial de Curitiba, responsável pela investigação, há indÃcios consistentes de motivação polÃtica e homofobia.
"Por que só queimar fotografias pessoais em que estavam uma das moradoras e a companheira dela e não as outras? Por que queimar bandeira? Independentemente da posição polÃtica do autor, estamos considerando essas hipóteses (de motivação polÃtica e homofobia)", explicou o delegado ao Estadão. Ele contou que o veÃculo levado era da companheira de uma das sindicalistas, que não mora no local.
Celezinski disse que o incêndio não teve proporções maiores porque alguém na vizinhança percebeu a fumaça e acionou o Corpo de Bombeiros. "Ainda não temos detalhes sobre as causas do incêndio. O Instituto de CriminalÃstica tem 30 dias para mandar o laudo. A priori é para ser criminoso, tanto que estamos investigando com essa natureza. Também temos 30 dias para concluir a investigação, mas se não conseguirmos até lá vamos pedindo prazo para conseguir mais pistas", afirmou.
Ainda conforme o delegado, os investigadores chegaram até imagens de câmeras de segurança do entorno do imóvel incendiado e estão trabalhando para tentar identificar possÃveis suspeitos e precisar o horário em que ocorreu o incêndio. As moradoras não relataram ter sofrido ameaça recente.
Em nota, o PT informou que está adotando medidas jurÃdicas sobre o incêndio no apartamento das diretoras sindicais, que são filiadas ao partido. O comunicado trata o caso como "provável crime de intolerância polÃtica". "É inadmissÃvel que esse tipo de violência e intolerância sejam realizadas por uma parcela da população que defende atos antidemocráticos e a instauração de um golpe no PaÃs. Esse tipo de crime deve ser investigado e os responsáveis devem ser punidos". Também em nota, o Sismuc repudiou o caso e afirmou que está prestando amparo à s vÃtimas.
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