INVESTIGAÇÃO
Corpo de jornalista gaúcho é encontrado dentro de geladeira no Sergipe; vítima estava morta desde 2016
Cadáver foi descoberto durante ação de despejo em Aracaju
Última atualização: 22/09/2023 19:17
O corpo de um homem foi encontrado dentro de uma geladeira durante uma ação de despejo em um apartamento no bairro Suíssa, em Aracaju, no Sergipe. O caso aconteceu na última quarta-feira (20). Segundo o G1 RS, a vítima é o advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella, que atualmente teria 80 anos.
De acordo com a delegada Roberta Fortes, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil foi acionado com a informação de que um corpo foi encontrado dentro de uma geladeira e que uma mulher de 37 anos teria cortado os pulsos no momento em que o oficial de justiça entrou na residência.
No local, os policiais também encontraram uma criança de quatro anos que estava em situação de maus-tratos por sobreviver na residência onde estava o corpo. A mulher, que é genitora da menina, foi levada ao hospital para tratar os ferimentos e após presa por ocultação de cadáver e pelos maus-tratos da filha.
A suspeita, que é técnica de enfermagem, teria tido um relacionamento amoroso com o gaúcho. “A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, detalha a delegada.
Segundo Roberta, o apartamento tinha um forte odor devido ao acumulo de lixo. “Tinha o mau cheiro do apartamento por ter muito lixo. Mas, os vizinhos disseram que o mau cheiro do corpo não era sentido”, explica.
A criança, que não estava ferida, foi entregue ao Conselho Tutelar e encaminhada para um familiar.“Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou que seria a pessoa, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade”, acrescenta a delegada.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a causa da morte de Portella, que tem passagens pelas rádios Farroupilha e Gaúcha entre as décadas de 1970 e 1980. Ele era natural de Ijuí e deixa quatro filhos.
A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) publicou uma nota de pesar nas redes sociais. Veja na íntegra: