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COQUELUCHE: Conheça a doença altamente contagiosa que tem como principal sintoma crises de tosse seca

Casos da doença têm aumentado em todo o mundo, incluindo o Brasil

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 10/07/2024 às 17h:46 Última atualização: 10/07/2024 às 17h:47
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Presente em todo o mundo, o aumento de casos de coqueluche no Brasil gerou uma manifestação do Ministério da Saúde nesta semana, reforçando a recomendação de vacinação contra a doença – já que a falta do imunizante tem relação direta com os principais fatores de risco.

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. A característica mais marcante da enfermidade são as crises de tosse seca.

Coqueluche | abc+



Coqueluche

Foto: Pixabay

Conforme o Ministério da Saúde, em crianças, a imunidade à doença é adquirida após três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Já adultos, mesmo que tenham sido vacinado quando bebê, podem ficar novamente suscetíveis à doença, pois é possível que a vacina perca o efeito com o passar do tempo.

A doença é transmitida, principalmente, pelo contato direto de uma pessoa infectada com outra não vacinada, ocorrendo por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Há, ainda, a possibilidade de que a transmissão ocorra por meio de objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes – esse cenário, no entanto, é pouco frequente, já que é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano.

Da infecção até o momento em que os sintomas começam a aparecer leva, em média, de cinco a dez dias, podendo variar de quatro a 21 dias e, raramente, até 42 dias.

Sintomas

Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro deles, que é o mais leve, a pessoa pode se sentir como se estivesse resfriada: com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem durar por semanas, o que também torna a pessoa mais suscetível a transmitir a doença.

No estágio intermediário, a tosse seca piora e outros sinais aparecem. A tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, podendo ser tão intensa a ponto de comprometer a respiração, e a crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo. Esses sintomas costumam durar de seis a dez semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.

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Com a evolução do quadro, e dependendo do tratamento adotado, os sintomas podem durar até mais de um mês. A gravidade da doença também está relacionada à falta de imunidade e à idade. Por isso, de modo geral, adultos e adolescentes tendem a ter sintomas mais leves em relação às crianças.

Diagnóstico e tratamento

Assim que surgirem os primeiros sinais, é importante que a pessoa procure uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados.

Em estágios iniciais, o diagnóstico é difícil, já que os sintomas são semelhantes a resfriados e outras doenças respiratórias. A tosse seca, contudo, é um forte indicativo da coqueluche, mas o diagnóstico precisa ser confirmado por exames médicos, como: coleta de material de nasofaringe para cultura; PCR em tempo real; hemograma e raio-x de tórax, como exames complementares.

Já o tratamento é feito basicamente com antibióticos, prescritos por um médico especialista. Quando a doença se manifesta em crianças, é comum que elas sejam internadas no hospital, isso porque os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.

Complicações

Ainda que a maioria das pessoas consiga se recuperar da coqueluche sem ficar com sequelas, quando a doença se apresenta na forma mais grave, é possível que quadros mais severos sejam desencadeados, como hérnias abdominais, por exemplo.

As complicações mais graves costumam acontecer em crianças, especialmente as menores de seis meses. Entre as consequências da doença, podem estar: infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e morte.

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