O Brasil e o mundo enfrentam o aumento de casos de coqueluche. O estado de São Paulo registrou 139 casos de coqueluche até o dia 8 de junho. Em todo ano de 2023, foram 54. Já a cidade do Rio de Janeiro não tinha casos desde 2021. Este ano, já são 34 casos confirmados.
No mês de maio, a União Europeia reportou um aumento de infecções por coqueluche em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos notificados entre 1º de janeiro e 31 de março. Já o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos provocados pela doença.
Com as Olímpiadas de Paris, o Ministério da Saúde do Brasil publicou uma nota técnica com recomendações sobre a vacinação de atletas e membros de delegações que vão participar dos jogos, entre julho e setembro.
Entre os imunizantes destacados estão as doses tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela ou catapora), DTP (difteria, tétano e pertussis ou coqueluche), influenza e Covid-19.
No documento, o Ministério cita a vacinação como medida mais eficaz para proteger contra doenças imunopreveníveis e mitigar o risco de reintrodução de doenças em controle ou já eliminadas no Brasil “em decorrência do aumento da circulação de agentes infecciosos para sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação dos vírus influenza e Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos”.
- Especialistas apontam impacto de reajustes na gasolina e no gás de cozinha anunciados pela Petrobras
“Para a adoção desta medida, levou-se em conta o aumento do fluxo migratório, a aglomeração de pessoas e o potencial risco de transmissão de doenças e da necessidade de proteger a população-alvo, em decorrência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris em 2024, que atraem grandes contingentes populacionais.”
As doses podem ser administradas em atletas e delegações técnicas olímpicas e paralímpicas em qualquer unidade de vacinação. “Àqueles que representarão o Brasil nos jogos de Paris, mas não são contemplados nas campanhas vigentes e estratégias de vacinação, bastará apresentar aos serviços do SUS [Sistema Único de Saúde] um comprovante de participação nas competições emitido pelos Comitês Olímpico ou Paralímpico Brasileiro”.
Outros grupos que podem se vacinar
A vacina pentavalente (DTP) previne contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenza e tipo B (doenças graves que muitas vezes podem levar à morte).
Crianças
Crianças devem tomar vacina no primeiro ano de vida. São três doses: aos dois, quatro e seis meses, com intervalo recomendado de 60 dias entre elas.
Crianças a partir de um ano de idade precisam do reforço. As doses de reforço são com a vacina tríplice bacteriana infantil, que protege contra difteria, tétano e pertussis (DTP). O primeiro reforço deve ser dado aos 15 meses de vida e o segundo aos 4 anos de idade.
Gestantes
Gestantes também devem se imunizar. Para proteger os recé-nascidos, é recomendada uma dose da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto) a partir da 20ª semana de gestação. Quem não foi imunizado durante a gravidez, deve tomá-la no puerpério.
Profissionais de saúde
A vacina dTpa é indicada também a profissionais da saúde, como complemento do esquema vacinal para difteria e tétano ou como reforço para aqueles que apresentam o esquema vacinal completo para difteria e tétano.
(*) Com informações do Uol e da Agência Brasil
LEIA TAMBÉM