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CEM ANOS DE LUXO

COPACABANA PALACE: O problema do hotel mais famoso do Brasil que foi resolvido por uma empresa de Novo Hamburgo

Estrutura implantada durante reforma de 2005 foi fabricada por tradicional empresa hamburguense; hotel completa cem anos neste domingo

Igor Henrique Muller
Publicado em: 13/08/2023 às 18h:33 Última atualização: 13/08/2023 às 18h:34
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Hotel mais famoso do Brasil, símbolo de luxo e glamour que se confunde com a história do País, o Copacabana Palace completa neste domingo (13) cem anos de fundação. Neste período foram muitas reformas e melhorias para garantir o altíssimo padrão de atendimento. Em uma delas, no ano de 2005, a solução para um problema crônico do Copa veio de uma empresa de Novo Hamburgo.

Esquadrias feitas em Novo Hamburgo para melhorar isolamento acústico do Copacabana Palace | Jornal NH



Esquadrias feitas em Novo Hamburgo para melhorar isolamento acústico do Copacabana Palace

Foto: Divulgação

Famoso mundo afora pelo imponente prédio de frente para o mar de Copacabana – a praia mais famosa do Rio de Janeiro – e pela extensa lista de celebridades que já passaram por lá, o Copacabana Palace também é conhecido por sediar grandes festas. E festa sem música não é festa.

Acontece que o barulho das concorridas recepções nos salões de festas do Copa estava incomodando tanto os hóspedes quanto a vizinhança e o barulho da rua também atrapalhava os eventos. A saída foi então melhorar o isolamento acústico de 13 esquadrias dos salões Atlântico, Copacabana e Urca.

É aí que entra a empresa hamburguense Esquadrias Scheid, contratada para executar o trabalho. O desafio era melhorar o isolamento acústico sem mexer nas esquadrias externas originais, uma exigência dos órgãos de defesa do patrimônio histórico. Naquela época o Copacabana Palaca tinha 82 anos.



A Scheid construiu então 13 esquadrias internas novas, esteticamente parecidas com as originais, mas com tecnologia mais moderna. Elas foram instaladas a 10 centímetros de distância das que já existiam, criando assim três barreiras ao som: a esquadria original, a câmara de ar do vão de dez centímetros e a nova esquadria interna.

As portas maiores mediam três metros e 80 centímetros por oito metros e 56 centímetros. Foram transportadas de Novo Hamburgo para o Rio de Janeiro em três partes e montadas já nos salões do Copa. Os caixilhos tinham 55 milímetros de espessura, com madeira colada em lâminas.

Segundo a empresa, foram utilizados vidros laminados de 12 milímetros de espessura. As dobradiças eram de inox da marca Mahler, de Porto Alegre. Os fechos tipo alavanca eram da Baldwin (USA). As cremones são da Siegenia-Albi (Alemanha), as vedações usam materiais da marca Schlegel (Alemanha) e os marcos maciços têm seção 10 cm x 10 cm, fixados com sistema de chumbador químico.

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