Enquanto os preços em geral aumentaram 4,8% em 2023, referenciados pela inflação oficial, o IPCA, a inflação médica subiu 14,1%. Os dados significam que os planos empresariais de saúde no Brasil devem sofrer um aumento de até 25% em 2024, o que afetaria cerca de 41 milhões de pessoas.
Segundo o Portal Uol, isso acontece pelo fato das operações não considerarem apenas a inflação médica, mas também as fraudes, utilização dos planos e até o resultado financeiro do ano anterior. Em 2023, o setor teve déficit de R$ 5,1 bilhões.
A inflação médica brasileira é a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas do Oriente Médio e da África. Conforme o vice-presidente da AON Brasil, Leonado Coelho, explicou ao Uol, o percentual tem a ver com a limitação da oferta de planos com coberturas mais especializadas e mais acessíveis, o que não ocorre em outros países do mundo.
O reajuste será maior inclusive do que em 2020, ano em que a pandemia da Covid-19 significou 22,7% a mais no valor do plano de saúde. Nos últimos quatro anos, o menor percentual de aumento foi o de 2021, com 12,8%.
Regulação
O aumento no valor dos planos empresariais não é regulado pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Isso ocorre pelo fato das operadoras terem reduzido a oferta de planos individuais ou familiares, atraindo novos clientes para dodos de pequenas empresas ou Microempreendedores Individuais (MEIs).
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