GOIÁS

Clínica clandestina que mantinha pacientes desnutridos e feridos é de casal de pastores, diz Polícia

Vítimas, entre 14 e 96 anos, foram resgatadas na terça-feira

Publicado em: 31/08/2023 16:23
Última atualização: 17/10/2023 20:18

Cinquenta pessoas foram resgatadas pela Polícia Civil na terça-feira (29) de uma clínica clandestina onde passavam por maus-tratos, cárcere privado e tortura. As idades das vítimas variam entre 14 e 96 anos. O imóvel é localizado na zona rural de Anápolis, a 55 quilômetro de Goiânia, em Goiás.


Clínica clandestina de Goiás Foto: Divulgação/DEAI Anápolis

Conforme o delegado Manoel Vanderic, um casal de pastores de uma igreja da cidade é dono do espaço. A mulher, Suelen Klaus, que é servidora da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) do município, foi presa. Seu marido, Junior Klaus, está foragido.

Além da pastora, outros quatro funcionários, investigados por agredir as vítimas, foram presos. Segundo a Polícia Civil, “todos responderão por tortura e cárcere privados qualificados e foram recolhidos na cadeia pública, com exceção de um, que fugiu durante a diligência e segue sendo procurado.” As informações são do G1.

Por meio de nota, a prefeitura de Anápolis informou que ao "tomar conhecimento da situação irá exonerar a servidora no Diário Oficial desta quarta-feira, 30."

Investigação iniciou com idoso

De acordo com o delegado, a apuração da PC começou quando um idoso de 96 anos deu entrada no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (Heana) com sinais de maus-tratos. Ele apresentava lesões pelo corpo, estava desnutrido, desidratado e com mau cheiro, segundo Vanderic.

Após, a Polícia descobriu que boa parte das vítimas, todas do sexo masculino, têm deficiência intelectual, deficiência física, autismos e alguns são dependentes químicos.

Todos os adolescentes, homens e idosos foram levados para o local de forma ilegal e involuntária ao local, onde eram confinados mediante pagamento de, no mínimo, um salário mínimo mensal. Lá, ainda conforme o portal, eles eram mantidos trancados, em ambiente insalubre, com alimentação precária, sem medicação e nenhum acompanhamento médico ou psicológico.

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