O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) foi citado por Ronnie Lessa na delação premiada à Polícia Federal (PF). Conforme a PF, o político tem ligação com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, em 2018.
De acordo com apuração do Estadão, após a citação do nome de Brazão foi o que motivou o deslocamento do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi anunciado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na última terça-feira (19) que STF homologou delação premiada concedida por Lessa. Esse procedimento torna as declarações do ex-PM evidências do crime. Lessa ainda precisa ajudar os investigadores a encontrarem provas sobre a sua delação.
Até o momento, não há confirmação de que Brazão seria o mandante do assassinato de Marielle.
Quem é Chiquinho Brazão
O deputado federal Chiquinho Brazão pertence a uma família com reduto político em uma área dominada pela milícia no Rio de Janeiro. Ele tem 62 anos, e é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do RJ, e de Pedro Brazão, deputado estadual do estado.
Ele está em seu segundo mandato como deputado federal. Ele foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 2018. Em 2022, foi reeleito com 77.367 votos. Anteriormente, ele foi vereador do Rio de Janeiro por 12 anos.
Crime aconteceu há seis anos
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completou seis anos no dia 14 de março. Embora os apontados como o autor dos disparos e o motorista que o conduziu naquela noite no Rio de Janeiro estejam presos, ainda falta saber quem mandou matar Marielle.
O executor do crime, conforme apontam as investigações do caso, teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Inácio Brazão como o autor intelectual dos assassinatos, segundo o site The Intercept Brasil.
A PF informou que, após executar Marielle, os investigados teriam jogado pedaços da placa do veículo utilizado no crime nas linhas férreas dos trens urbanos do Rio de Janeiro. Dois dias após a execução, Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, recebeu a ordem de “sumir com o automóvel”, segundo as investigações. O destino teria sido um desmanche no Morro da Pedreira, na zona norte da cidade.
(*) Com informações do Uol e do Estadão Conteúdo.
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