DADOS DO IBGE

CENSO 2022: Cresce a população não branca no Brasil; confira levantamento

Rio Grande do Sul tem as cidades com maior percentual de brancos do País

Publicado em: 22/12/2023 11:31
Última atualização: 22/12/2023 12:58

Em uma nova rodada de divulgação dos resultados do Censo 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou os dados referentes à cor da população brasileira. O levantamento mostrou que mais brasileiros têm se reconhecido como pretos ou pardos nos últimos 31 anos.

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Dados do Censo 2022 são divulgados nesta quarta-feira Foto: Divulgação

E é no Rio Grande do Sul que estão os três municípios mais brancos do País. Em Morrinhos do Sul, Forquetinha e Monte Belo do Sul, o número de pessoas autodeclaradas brancas supera 96%. O Rio Grande do Sul é o estado mais branco, com 78,4%.

Em números totais, as duas maiores cidades do Brasil lideram tanto brancos quanto pretos: São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número de brancos, pretos e pardos. A capital paulista ainda lidera o número de pessoas amarelas.

A cidade com o maior número em proporção de pessoas pretas é Serrano do Maranhão, no Maranhão, com 58,5%. Boa vista do Ramos, no Amazonas, é a cidade com a maior proporção de pardos do País, com mais de 90%. Uiramutã, em Roraima, é a cidade com a maior proporção de indígenas, com 96%.

Não brancos crescem

A pesquisa do Censo é autodeclaratória, isso quer dizer que os entrevistados definem com qual grupo étnico/racial se identificam. Em 1991, 51,6% dos brasileiros se declaravam brancos, 42,5% pardos, 5% pretos e 0,2% indígenas, além de 0,4% se definirem como amarelos.

Já na pesquisa de 2022, o número de pardos salta para 45,3% da população, superando os brancos, que caíram para 43,5%.

O número de autodeclarados pretos também cresceu, chegando a 10% no ano passado. Contudo, a população indígena se manteve estável, embora com um pequeno crescimento, passando de 0,2% para 0,6%. No caso de amarelos é possível notar um fenômeno interessante, pois a população salta de 0,4% em 1991 e 2000 para 1,1% em 2010, para em 2022 voltar ao mesmo índice dos Censos.

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