O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta quinta-feira (27), os recursos apresentados pela defesa de Shantal Verdelho e pelo Ministério Público, e sentenciou o médico Renato Kalil a um novo julgamento por violência psicológica e lesão corporal. Kalil responde em primeira instância pelas denúncias.
Foto: Reprodução
De início, a Justiça havia rejeitado a denúncia do Ministério Público, argumentando que as provas não eram suficientes para justificar erro médico ou procedimento inadequado no parto da segunda filha de Shantal. No entanto, agora, por unanimidade, os desembargadores Luiz Arruda, Mauricio Valala e Sérgio Ribas anularam a decisão de arquivamento do caso, assinada pelo juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida, em 2022.
O Conselho Regional de Medicina, CREMESP, também abriu um processo ético disciplinar contra o obstetra. Diante disso, os representantes da influenciadora pedem que Kalil seja impedido de trabalhar até o fim das investigações.
Se o médico for condenado por ambos os crimes, ele pode pegar, no mínimo, um ano e seis meses de reclusão. De acordo com a equipe de Shantal, existem depoimentos de mais de 20 casos contra Kalil.
Relembre o que aconteceu com Shantal
Em 2021, alguns vídeos que vazaram na internet mostravam xingamentos e palavrões ditos por Renato Kalil durante o parto da filha de Shantal, como: “Ela não faz força, essa viadinha!”, “Ficou toda arrebentada” e “Vou ter que dar um monte de pontos na perereca dela”.
As agressões psicológicas teriam começado após a influenciadora optar por não fazer uma episiotomia – incisão na região do períneo para facilitar a passagem do bebê.
Em agosto de 2022, o médico foi ouvido pela polícia e confirmou que usou “palavras inadequadas” com Shantal, mas negou as acusações. Ele falou que as falas foram “apenas em um momento de incentivo emocional, pois era um parto difícil.”
Com informações do portal G1.
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