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DELAÇÃO PREMIADA

CASO MARIELLE: Ronnie Lessa aponta Domingos Brazão como mandante do assassinato da vereadora e motorista

Preso desde 2019, o ex-policial militar fez acordo na semana passada para revelar novos detalhes do caso; crime aconteceu em 2018 no Rio de Janeiro

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Publicado em: 23/01/2024 às 15h:08 Última atualização: 23/01/2024 às 20h:49
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O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos que matou a Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, teria delatado o ex-deputado estadual Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato. A informação é do Intercept Brasil.

Domingos Brazão é acusado por Ronnie Lessa de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco | abc+



Domingos Brazão é acusado por Ronnie Lessa de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco

Foto: Reprodução/TV Globo

Essa não é a primeira vez que o nome de Brazão é vinculado ao caso. Em 2019, por suspeita de obstrução das investigações e no fim do ano passado voltou a ser citado na delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, que dirigiu o carro para Lessa na ação criminosa, no dia 14 de março de 2018, no bairro Estácio, no Rio de Janeiro.

Lessa está preso desde 2019 e na semana passada fez um acordo com a Polícia Federal para revelar novos detalhes do caso. No entanto, o acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ao Intercept, o advogado Márcio Palma, que representa Brazão, disse que não saber que o nome do seu cliente foi citado na delação. O defensor ainda disse que não teve acesso aos autos da investigação, tendo em vista que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro não é formalmente investigado pelo caso.

Possível motivação

Segundo o Intercept, a principal hipótese para que o ex-filiado ao MDB ordenasse o atentado contra a vereadora do PSOL seria vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual do partido de Marielle, e que atualmente está no PT, e é presidente da Embratur.

Quando era deputado da Assembleia carioca, Brazão teria entrado em sérias disputas políticas com Freixo, que havia trabalhado com Marielle por 10 anos até ela ser eleita em 2016. O suspeito foi citado no relatório final da CPI das Milícias, em 2008, presidida por Freixo, como um dos políticos liberados para fazer campanha em Rio das Pedras.

Freixo ainda teve participação na Operação Cadeia Velha, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2017, cinco meses antes do atentado contra a vereadora. Nomes importantes do MDB do estado foram presos na ocasião, como os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi e Jorge Picciani –morto em maiode 2021. 

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