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CASO DJIDJA: Entenda tudo sobre o caso envolvendo culto religioso da família e uso indiscriminado de drogas

Ex-sinhazinha do Boi Garantido foi encontrada morta em casa e caso repercute desde então; cinco foram presos

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Publicado em: 01/06/2024 às 13h:40 Última atualização: 01/06/2024 às 15h:43
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Ex-sinhazinha do Boi Garantido, festival de Parintins, Djidja Cardoso, de 32 anos, foi encontrada morta na cama, em casa, em Manaus, no Amazonas, na última terça-feira (28). A morte da empresária revelou um culto religioso que envolve o uso indiscriminado de drogas e, até então, três pessoas da família e dois funcionários foram presos.

Djidja Cardoso foi encontrada morta em casa na última terça-feira (28) | abc+



Djidja Cardoso foi encontrada morta em casa na última terça-feira (28)

Foto: Redes Sociais/Reprodução

O caso vem sendo amplamente falado na internet desde então, não apenas pelo choque da morte de Djidja, mas pelas estranhas circunstâncias que a envolvem. Desde um culto religioso liderado pela família da mulher, envolvendo drogas como a ketamina, até um estupro, estão sendo investigados pela polícia desde que a ex-sinhazinha foi encontrada morta.

Morte de Dijida Cardoso

A ex-sinhazinha foi encontrada morta na cama, em casa, e um vídeo do momento começou a circular nas redes sociais. A Polícia Civil do Amazonas investiga qual foi a causa da morte e, principalmente, se foi por uma overdose de ketamina.

Essa linha de investigação está sendo seguida porque o corpo de Djidja foi encontrado com sinais de overdose, de acordo com a polícia.

Além disso, eles acharam frascos da droga enterrados no quintal e outros itens em uma lixeira, no imóvel, segundo o portal G1. No lixo, estavam objetos como seringas, outras embalagens, bulas e cartelas de outros remédios.

O corpo da mulher foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para que o exame de necropsia seja feito. O resultado pode demorar em torno de 30 dias.

Abuso de drogas

Desde então, áudios e relatos de outros familiares começaram a circular, acusando a família que morava com ela de terem transformado a casa em uma “cracolândia”, onde várias pessoas iam para usar drogas.

Eles também são acusados por omissão de socorro, já que esse familiares afirmam que Djidja e todos ali usavam a cetamina para entrar em transe durante rituais do culto religioso, liderado pela família. Eles também tentaram internar a ex-sinhazinha e foram impedidos pela mãe.

O que é ketamina ou cetamina

Mais conhecida como ketamina ou quetamina, a cetamina é uma droga com efeitos anestésicos, usada para manter ou induzir a anestesia. Ela é usada também para fins veterinários.
Em humanos, ela também é usada como analgésico e pode causar alucinações. Também é usada como uma droga recreativa, o que é ilegal no Brasil.

Dois familiares e uma funcionária de Djidja são presos

Após dois dias da morte, na quinta-feira (30), a mãe da empresária, Cleusimar Cardoso, o irmão, Ademar Cardoso, e a gerente do salão de beleza da família Verônica da Costa Seixas, foram presos preventivamente. Eles foram encontrados pela polícia tentando fugir de carro, durante a tarde, e presos juntos.

Os mandados também foram expedidos para mais dois funcionários de um dos salões Bella Femme. Se trata de Marlisson Vasconcelos Dantas e Claudiele Santos da Silva, o cabeleireiro e a maquiadora do lugar. Ela se entregou horas depois.

Os presos foram levados para depoimento, mas não puderam ser ouvidos, já que a defesa alegou que eles estavam sob efeito de drogas e não podiam falar, ainda conforme o G1.

O delegado do 1° Distrito Integrado de Polícia que comanda a operação, Cícero Túlio, disse ao portal de notícias que mais duas ampolas foram encontradas nas partes íntimas da mãe da empresária, no momento da revista.

Prisões mantidas e mais um detido

Os cinco continuam presos, após uma determinação da Justiça em audiência de custódia, nesta sexta-feira (31). O quinto investigado, que atuava como cabelereiro em um dos salões da família, continuava foragido até a sexta, quando se entregou à polícia, segundo o jornal Radar Amazônico.

Acusações

Os mandados foram expedidos pela Justiça do Amazonas pelos crimes de:

  • tráfico de drogas;
  • associação para o tráfico de drogas;
  • corrupção
  • adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais
  • falsificação;
  • colocação em perigo da saúde ou vida de outrém;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo;
  • sequestro;
  • constrangimento ilegal;
  • cárcere privado;
  • aborto sem o consentimento da gestante;
  • estupro de vulnerável.

Drogas nos salões de beleza

Ainda na sexta-feira (31), a polícia fez buscas nos salões da família e apreendeu cetamina, seringas e ampolas. A polícia também foi até uma clínica veterinária na cidade, que supostamente vendia a droga de forma ilegal, sem guardar o receituário.

Entenda o culto religioso liderado pela família de Djidja

Chamado “Pai, Mãe, Vida”, o culto religioso da família era liderado pela mãe e irmão de Djidja, além dos outros três funcionários que também estão presos. Eles faziam rituais que induziam ao uso da cetamina para conseguir evoluir espiritualmente. Os rituais seriam feitos nos salões de beleza e na casa da família, onde a empresária foi encontrada morta.
A Polícia Civil, segundo o G1, afirma que o caso é investigado há 40 dias. Ou seja, antes da morte da empresária, que, inclusive, também fazia parte.

 

*Com informações do G1, Radar Amazônico

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