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CARNAVAL: Saiba que horas começa e como assistir a apuração dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro

Evento será a partir das 16 horas e terá transmissão ao vivo pela Rádio ABC 103.3 FM e no abcmais.com

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Publicado em: 14/02/2024 às 11h:42 Última atualização: 14/02/2024 às 13h:06
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O resultado do carnaval do Rio de Janeiro será conhecido nesta Quarta-feira de Cinzas. A apuração será  a partir das 16 horas e terá transmissão ao vivo pela Rádio ABC 103.3 FM e no portal abcmais.com.

Luzes na Passarela do Samba foram o destaque nos desfiles do carnaval | abc+



Luzes na Passarela do Samba foram o destaque nos desfiles do carnaval

Foto: Fernando Maia/Riotur

Após 12 apresentações que emocionaram o público na avenida, os sambistas aguardam ansiosamente o anúncio da campeã. O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Perlingeiro, diz que haverá novidades na apuração. “A apuração na Cidade do Samba vai ser uma festa. Vamos ter bateria com ritmistas das 12 agremiações, carro de som, fogos, drone, uma festa que nunca aconteceu na história do carnaval carioca”, revelou. 

Portela e Imperatriz Leopoldinense são destaque

Conhecido como o Oscar do carnaval, o prêmio Estandarte de Ouro, que é organizado anualmente pelos jornais O Globo e Extra e está na 52ª edição, elegeu a Portela como a melhor escola de samba do Rio de Janeiro de 2024. A Portela é a que mais venceu o carnaval carioca, com 22 títulos. No ranking, é seguida pela Mangueira (20) e pela Beija-Flor (14). 

Além da Portela, o Estandarte de Ouro também destacou a atual campeã, Imperatriz Leopoldinense, que recebeu cinco dos 15 prêmios (Samba-Enredo, Puxador, Mestre-Sala, Porta-Bandeira e Ala).

Outra escola que se destacou foi a Unidos do Viradouro, que ganhou com na categoria Comissão de Frente.

Relembre como foram os desfiles do primeiro dia

A primeira noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, no domingo (11), foi de muita luz, efeitos especiais e o tradicional espetáculo que o mundo já está acostumado a assistir em fevereiro. Seis escolas de samba passaram pela Marquês de Sapucaí: Porto da Pedra, Beija-Flor, Salgueiro, Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense.

Salgueiro  | abc+



Salgueiro

Foto: Vini Brito/ Divulgação

A primeira escola a entrar na avenida foi a Porto da Pedra, que retorna ao Grupo Especial 11 anos depois. O samba enredo homenageou o nordeste, com “Lunário Perpétuo: A profética do saber popular”, que explora a influência do livro “Lunário” na cultura nordestina.

A tradicional Beija-Flor veio em seguida. Com o enredo homenageando Maceió e Rás Gonguila, trouxe o cantor Neguinho da Beija-Flor pelo 48º ano puxando o samba da escola. Em certo momento, Neguinho empunhou o microfone da ABC 103.3 FM no meio da Sapucaí.

Buscando o 10º título na elite, o Salgueiro entrou na Sapucaí com uma homenagem ao povo yanomani, inspirado pelo livro “A queda do céu – Palavras de um xamã yanimani.”

Já a Grande Rio levou a onça para a avenida, com o samba enredo inspirado no livro “Meu destino é ser onça.” A fantasia da rainha, Paolla Oliveira, transformava a atriz em uma verdadeira onça-pintada. Novidade no desfile, a escola distribuiu 55 mil pulseiras de LED para o público, que iluminavam a Sapucaí durante os apagões programados.

A Unidos da Tijuca cantou sobre Portugal e “O conto dos fados”, se inspirando em Luís de Camões e Homero. O abre alas aproveitar para contar a história de Lisboa e ainda teve homenagem ao escritor José Saramago, representado por uma estátua na quarta alegoria da noite.

Para fechar a noite, mas já na manhã de segunda-feira (12), a atual campeã Imperatriz Leopoldinense levou para a Sapucaí a cultura cigana e seus mistérios. O grande homenageado foi o poeta Leandro Gomes de Barros.



Relembre como foram os desfiles do primeiro dia

Na segunda-feira, mais seis escolas de samba desfilaram na Marquês de Sapucaí e encerraram as apresentações no Grupo Especial do Rio de Janeiro. Mocidade de Padre Miguel, Portela, Vila Isabel, Mangueira, Tuiuti e Viradouro fizeram a festa do sambódromo mais famoso do mundo.

VILA ISABEL - GRUPO ESPECIAL  | abc+



VILA ISABEL – GRUPO ESPECIAL

Foto: Vini Brito

A noite de segunda começou com a Mocidade de Padre Miguel apostando em um samba enredo “chiclete” falando sobre o caju, pseudofruto brasileiro. Na comissão de frente, o destaque ficou por conta da banana, abrindo caminho para o caju.

A tradicional Portela, uma das maiores escolas do País, falou sobre a importância do afeito e da ancestralidade feminina. A história contada na avenida foi inspirada pelo romance “Um defeito de cor”, de Luiza Mahin, mãe do líder abolicionista e poeta Luiz Gama.

O momento mais emocionante foi guardado para o final do desfile. A última alegoria levou 16 mães que perderam os filhos devido à violência. Entre elas, Marinete Silva, mãe da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018.

Terceira colocada em 2023, a Vila Isabel, famosa pelas canções de Martinho da Vila, reeditou enredo de 30 anos atrás? “Gbalá – Viagem ao templo da criação.” A mensagem principal se refere ao mal que o ser humano pode fazer à terra, destacando que a salvação do planeta está nas crianças.

A Estação Primeira de Mangueira apostou na tradição. Buscando o 21º título no carnaval carioca, a verde-rosa homenageou os 50 anos de carreira da cantora Alcione, com o enredo “A negra voz do amanhã.” Durante o esquenta, antes de entrar na Sapucaí, foi a própria Marrom que puxou o samba.

O desfile teve as participações ilustres de Maria Bethânia, Taís Araújo e Regina Casé, além da própria Alcione.

Mais um líder homenageado, João Cândido Felisberto, que liderou a Revolta da Chibata, foi o tema do enredo da Paraíso do Tuiuti através do enredo “almirante negro”. Felisberto foi representado pelo entregador Max Angelo dos Santos, chicoteado por uma moradora de São Conrado, em abril de 2023. A última alegoria trouxe frases relembrando casos de racismo recentes.



Encerrando o segundo dia do Grupo Especial, já na manhã de terça-feira (13), a Viradouro, vice-campeã em 2023, levou o vodu e as crenças dos povos africanos para a Sapucaí. Uma serpente surgiu na comissão de frente, desfilando pela avenida e surpreendendo o público presente no sambódromo.

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