AVIAÇÃO MILITAR
Caça da FAB que caiu no RN é do mesmo modelo operado na Base Aérea de Canoas
Força Aérea ainda não confirmou a que unidade pertence o avião acidentado; piloto conseguiu ejetar
Última atualização: 22/10/2024 19:02
Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu no início da tarde desta terça-feira (22) em Parnamirim, logo após decolar da Base Aérea de Natal (RN). O piloto conseguiu ejetar e já foi resgatado. Ele passa bem. A identidade dele ainda não foi divulgada pela FAB.
O avião acidentado é um Northrop F-5EM Tiger II. Trata-se do mesmo modelo operado pelo Esquadrão Pampa, uma das unidades que fazem parte da Base Aérea de Canoas (Baco). Oficialmente a FAB não confirma a unidade de origem do caça acidentado.
O Grupo Sinos apurou, ainda de forma extraoficial, que o caça que caiu no Rio Grande do Norte não pertenceria ao Esquadrão Pampa, e sim ao Esquadrão Senta a Púa, que fica na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A informação ainda depende de confirmação da FAB.
Segundo o site da Força Aérea Brasileira, o caça F-5EM é utilizado pelos esquadrões Senta a Púa (Rio de Janeiro/RJ), Pampa (Canoas/RS), Pacau (Anápolis/GO) e Jaguar (Anápolis/GO). Com o uso comercial da Base de Canoas, até a noite de domingo (20), os caças do Esquadrão Pampa estão baseados em Santa Maria.
O avião que caiu nesta terça no Rio Grande do Norte estaria em treinamento para o Exercício Cruzeiro do Sul 2024 (Cruzex), que tem início previsto para o dia 3 de novembro.
O Cruzex é um exercício multinacional e operacional organizado pela FAB desde 2002, que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes.
O caça F-5EM tem velocidade máxima de 1.960 quilômetros por hora, teto operacional de 15.800 metros de altitude e alcance de até 1.814 quilômetros, dependendo da configuração do tanque. É empregado para defesa aérea, ataque, interdição e guerra eletrônica.
O Brasil opera 51 unidades do modelo, que está em fabricação desde 1975. Entre os armamentos, o caça carrega foguetes e mísseis, entre outros. Todas as unidades em uso no País são adaptadas para reabastecimento em voo (Revo) e contam com aviônicos mais modernos, visto que os caças foram comprados nos anos 1970.
No início deste ano, o Esquadrão Pampa realizou uma solenidade para comemorar a marca de 100 mil horas de voo com seus Northrop F-5EM Tiger.