Carolina Arruda, a brasileira que sofre há mais de 10 anos com as dores da neuralgia do trigêmeo bilateral, está fazendo um novo tratamento para tentar aliviar o sofrimento, nesta semana. Durante, o cérebro da jovem será “reiniciado”.
O caso de Carolina ficou conhecido nacional e internacionalmente após a jovem abrir uma vaquinha online para conseguir fazer uma eutanásia na Suíça, país onde o procedimento é legalizado.
Até dia 3 deste mês, pouco mais de R$ 4 mil já haviam sido doados. Sete dias depois, foram arrecadados R$ 130.359,36 até o fechamento desta matéria. A vaquinha busca conseguir R$ 150 mil e, para acessar, é preciso entrar na página oficial.
“Não é porque estou no hospital que desisti de fazer a eutanásia”
“Não é porque estou no hospital que desisti de fazer a eutanásia”, afirma Carolina em um vídeo postado no TikTok. “O processo da eutanásia demora muito, é um processo muito burocrático.”
Ela conta que são necessários documentos e muitos deles precisam ser traduzidos. Além disso, ela passa por uma vasta gama de profissionais, como especialistas em cuidados paliativos, psiquiatras, psicólogos. “Para ver se não estou tomando a decisão por impulso”, diz.
“São cerca de 1 a 2 anos para conseguir a liberação”, explica Carolina e, enquanto isso, ela tenta amenizar as dores.
Tratamento que “reinicia o cérebro”
Nesta terça-feira (9), Carolina foi internada na Santa Casa de Alfenas, hospital em Minas Gerais, onde será tratada pelo doutor Carlos Marcelo da Cruz, especialista em cuidados paliativos para a dor, presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed) e Diretor Clínico da instituição.
No tratamento, a jovem de 27 anos explica que irá tomar remédios e será anestesiada por dias para tentar diminuir a dor. Ele será feito de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como foi oferecido pelo doutor após ler sobre a situação da jovem.
A explicação compartilhada por Carolina mostram três planos para tratar as dores. Primeiro, ela ficará internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), desta quarta-feira (9) até domingo (14), onde a jovem irá passar por um processo de dessensibilização. Durante, o cérebro dela será “reiniciado”.
“Ele vai colocar meu cérebro em um estado de anestesia, sedação”, assim, ele irá “descansar” da dor. O objetivo é que essa reiniciação do cérebro possa ajudar no efeito dos tratamentos futuros.
Quanto a expectativa para que ele funcione, após tratamentos que não ajudaram no alívio da dor, Carolina conta: “Minha esperança é um pouco menor”. Ainda, ela afirma confiar no médico e que irá tentar.
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