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VIOLÊNCIA

Brasil teve 18 ataques a escolas desde o início dos anos 2000

Tragédia mais recente aconteceu nesta quarta-feira (5) em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina; quatro crianças foram mortas

Kassiane Michel
Publicado em: 05/04/2023 às 12h:04 Última atualização: 28/08/2024 às 16h:21
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O Brasil teve ao menos 18 ataques a escolas registrados desde o ano 2000. Até dezembro de 2022, segundo um relatório apresentado durante os trabalhos de transição do governo federal, 16 invasões haviam sido registradas no País. Conforme o documento, 35 estudantes e professores tinham sido mortos e 72 ficaram feridos. Outras duas tragédias aconteceram este ano em escolas brasileiras. No dia 27 de março, uma professora foi esfaqueada por um adolescente em uma escola da zona oeste de São Paulo. A segunda foi nesta quarta-feira (5), quando quatro crianças foram mortas em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina.

Homem invade creche em Blumenau e mata crianças | abc+



Homem invade creche em Blumenau e mata crianças

Foto: Divulgação/CBMSC

Conforme reportagem do Estadão, o documento relaciona a alta de casos de violência em escolas com “interações virtuais, em que o adolescente ou jovem é exposto com frequência ao conteúdo extremista difundido em aplicativos de mensagem, jogos, fóruns de discussão e redes sociais”. Na maioria dos ataques, há associação com símbolos neonazistas. Um exemplo é o que aconteceu em Aracruz (ES), onde três professoras e uma aluna morreram no ano passado. Na ocasião, o atirador usava uma suástica.

O relatório também destaca que muitos ataques são praticados por alunos e ex-alunos. “São normalmente associados ao bullying e situações prolongadas de exposição a processos violentos, incluindo negligências familiares, autoritarismo parental e conteúdo disseminado em redes sociais e aplicativos de trocas de mensagem.”

O documento defende ainda que os profissionais da educação precisam ser formados para identificar alterações de comportamento dos jovens e fatores psicológicos. Cita ainda que é preciso ficar atento a “interesse incomum por assuntos violentos e atitudes violentas, recusa de falar com professoras e gestoras mulheres, agressividade e uso de expressões discriminatórias, e exaltação a ataques em ambientes educacionais ou religiosos”.

Estados Unidos é o país com mais ataques

O país que tem o maior número de ataques a instituições de ensino são os Estados Unidos. De acordo com levantamento do jornal The Washington Post, até maio de 2022, foram 185 mortos e 369 feridos. 

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