O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por falsificação de certificados vacinais. Conforme o Portal Uol, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB) também foram indiciados no processo.
O indiciamento do trio significa que o Ministério Público (MP) fica responsável por definir se apresenta, ou não, denúncia. Em caso de negativa do MP, a investigação pode ser arquivada. O caso foi enviado pela PF nesta segunda-feira (18) para o Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Ao Uol, a defesa do ex-presidente afirmou “estranhar” o procedimento. Os advogados disseram que tentaram atualizar a situação do processo e até as 19 horas de segunda-feira não haviam conseguido. Vale destacar que o indiciamento não significa a prisão dos envolvidos, já que a preventiva não foi solicitada pelo Judiciário.
O caso
Em janeiro, a Controladoria Geral da União (CGU) identificou inconsistências no certificado de vacinas do ex-presidente. Dados do Ministério da Saúde indicam que há registro de vacinação contra a Covid-19 no dia 19 de julho de 2021. Bolsonaro teria se vacinado na UBS Parque Peruche, em São Paulo.
No entanto, segundo a investigação, Bolsonaro não estava em São Paulo na data, já que havia ido para Brasília no dia anterior. De acordo com o Uol, os funcionários da Unidade Básica de Saúde negaram à CGU ter visto o ex-presidente.
Conforme as investigações, o objetivo de Bolsonaro era evitar que fosse barrado nos Estados Unidos, já que o país exige vacinação contra a Covid-19 para visitantes que chegam do exterior.
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