BENEFÍCIO
BOLSA FAMÍLIA: Câmara aprova MP que inclui Auxílio Gás; saiba mais
Vale-gás criado por Bolsonaro em ano eleitoral foi prorrogado por Lula por meio de Medida Provisória; texto segue para o Senado
Última atualização: 26/03/2024 14:40
A Câmara aprovou nesta terça-feira (30) o texto-base da Medida Provisória (MP) que recria o programa Bolsa Família. O texto prevê valor mínimo de R$ 600 por família, adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos e de R$ 50 para cada dependente entre 7 e 18 anos e gestantes.
A matéria agora segue para votação em plenário do Senado.
"Aprovada a Medida Provisória do Bolsa Família!!! Grande vitória para o Brasil e para todos que querem ver a fome erradicada do Brasil!", comemorou o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), no Twitter.
O pagamento adicional do Auxílio Gás a famílias de baixa renda foi incorporado ao texto. O programa havia sido incluído, inicialmente, em outra MP, que perderá a validade na quinta-feira (1º). O governo chegou a considerar a edição de um decreto para garantir o pagamento caso o Bolsa Família não fosse votado nesta semana.
O Auxílio Gás foi criado em novembro de 2021, ainda no governo Bolsonaro. A medida previa um benefício mensal para pessoas de baixa renda que era equivalente a 50% do preço médio do botijão no País. Em agosto de 2022, o programa passou a cobrir o valor integral do botijão a cada 2 meses – a mudança foi parte das medidas de Jair Bolsonaro para ganhar popularidade durante a corrida eleitoral.
O adicional de 50% no pagamento foi prorrogado pelo governo Lula por meio de MP. Atualmente, 5,7 milhões de famílias são beneficiárias do programa social. O Orçamento de 2023 destina recursos para pagar o benefício até o fim do ano.
Recebem o Auxílio Gás famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com renda mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, além de famílias que tenham entre seus membros beneficiários do Benefício de Prestação Continuada, desde que residentes no mesmo domicílio.
Ao considerar a edição de um decreto caso a medida não fosse aprovada no Congresso, o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Wellington Dias, ressaltou que a Emenda Constitucional da Transição, promulgada em dezembro do ano passado, determinou que fosse reservado no Orçamento de 2023 o valor necessário para o benefício de 100% do valor médio do botijão até o fim deste ano.