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ENTENDA

BOLHA DE CALOR: Saiba o que é o fenômeno de até 45ºC no centro do continente e qual o impacto no Brasil

Na Argentina, um alerta vermelho de risco para a saúde foi emitido pelo Serviço Nacional de Meteorologia devido as altas temperaturas

Ubiratan Júnior
Publicado em: 10/01/2024 às 18h:36 Última atualização: 10/01/2024 às 18h:36
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Você já deve ter lido ou escutado o termo bolha de calor, mas sabe o que é esse fenômeno meteorológico? A MetSul Meteorologia explica que uma bolha de calor, também chamada de domo ou cúpula de calor, é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo, como uma tampa em uma panela.

Bolha se calor se formou na área central do continente | abc+



Bolha se calor se formou na área central do continente

Foto: Reprodução/MetSul Meteorologia

“É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo”, esclarece a MetSul.

De acordo os meteorologistas, uma bolha de calor, de 44ºC a 45ºC, se instalou no centro do continente sul-americano. Com isso, as temperaturas no norte da Argentina, no Paraguai e na Bolívia tem atingido máximas entre 42ºC e 45ºC nesta semana. Um alerta vermelho chegou a ser emitido pelo Serviço Nacional de Meteorologia da Argentina, devido à persistência de calor dos últimos dias.

Segundo a MetSul, o comunicado argentino afirma que as altas temperaturas têm “efeito alto a extremo na saúde” com condições que são descritas como “muito perigosas” e que “podem afetar todas as pessoas, inclusive as saudáveis”.

Qual o efeito da bolha de calor o Brasil?

A bolha de calor instala no centro do contente também tem impacto no território brasileiro. Conforme a MetSul, por influência desse fenômeno o calor fica muito acima da média para janeiro em regiões do Centro-Oeste e do Sudeste do País, além de áreas mais Oeste ao Norte do Paraná, na região Sul.

Calor extremo no centro do Brasil é mais comum no período da primavera, segundo a MetSul. “Fazer calor é normal, mas extremos de 40ºC ou perto de 40ºC não são habituais nesta época que costuma ser mais chuvosa no Centro-Oeste e no Sudeste. São Paulo, por exemplo, tem em janeiro o mês mais chuvoso do ano”, enfatiza.

A MetSul ainda explica que a formação de áreas de instabilidade com chuva e temporais tem impedido que o calor mais extremo do norte da Argentina e do Paraguai se instale no Rio Grande do Sul. “Por outro lado, a atmosfera aquecida com maior umidade vem favorecendo os temporais desde o começo da semana no estado gaúcho, com danos e prejuízos em diferentes localidades”, diz a empresa de meteorologia.

Calorão até quando? 

A MetSul projeta que o calor extremo continua, pelo menos, até quinta-feira (11) no Paraguai e norte argentino. Segundo os meteorologistas, cidades mais ao norte da região Sul do Brasil, parte do Sudeste e, especialmente, o Mato Grosso do Sul serão afetados por altas temperaturas. No estado citado, pode ter máximas em torno dos 40ºC. 

No entanto, embora siga quente, na sexta-feira (12), o calor extremo deve ceder nos países vizinhos e por conta disso, as temperaturas também diminuam no Centro-oeste e no Sudeste brasileiro. O sábado (13), também deve ter registro de máximas menores. Porém, no começo da semana que vem o ar quente voltará a elevar os termômetros na Argentina e no Paraguai. 

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