Pelo menos até o início da próxima semana, uma bolha de calor deve elevar muito as máximas em vários pontos do Brasil – o que inclui localidades do Rio Grande do Sul. As temperaturas podem bater os 45°C e, no decorrer desta semana, meteorologistas fizeram alertas para o risco à vida. Veja as dicas para enfrentar dias muito quentes.
Além dos humanos, o calor também afeta os pets – seja em função desse evento atípico ou das estações mais quentes do ano. A veterinária Vanessa Feder, professora do curso de medicina veterinária da Universidade Feevale, diz que é normal que temperaturas amenas a altas empolguem os tutores a desfrutarem atividades ao ar livre com seus cães, mas é importante lembrar que eles sofrem com a exposição excessiva ao calor e aos raios solares.
Vanessa explica que tanto os cachorros quanto os gatos fazem a regulação térmica de forma diferente do que os humanos. “Enquanto nós podemos transpirar através da pele, e esse é um mecanismo rápido de regulação térmica, os pets fazem isso através da língua, quando ocorre a salivação, e pelas almofadas das patinhas, sendo mais lento e muitas vezes não é suficiente para manter a temperatura de conforto.”
Cuide das patinhas no asfalto quente
Enquanto os tutores sentem que o clima está bom para passear com o seu pet, ele pode sofrer, e muito, com a exposição das patas no asfalto quente. Para se ter uma ideia, quando os termômetros marcam 25°C, a temperatura do solo pode ultrapassar 50°C. “Essa temperatura em asfalto e basalto, telhados [para gatos] já é o suficiente para causar danos e queimaduras às almofadas plantares dos pets”, salienta a veterinária.
Quando expostos a temperaturas elevadas por longos períodos, os animais podem morrer por hipertermia, “que facilmente pode acontecer quando o organismo não consegue realizar a termorregulação adequada”. Não esqueça de levar uma boa quantidade de água.
Pets precisam de protetor solar?
Depende da cor e da densidade da pelagem. A veterinária expõe que animais com pelo claro ou com pouca densidade de pelos, sejam cães ou gatos, podem ter lesões dermatológicas e queimaduras em função da exposição solar.
Para protegê-los da maneira correta, é necessário passar protetor solar de uso veterinário para a prevenção ou o agravamento de lesões causadas pela radiação solar.
Por isso, Vanessa indica que a prática de atividade física com os pets seja de intensidade leve a moderada em horários com temperatura confortável – nas primeira horas da manhã ou no fim do dia.
E dentro de casa?
Mesmo sem programação ao ar livre, é muito importante manter os animais bem hidratados.
Em relação especificamente aos gatos, Vanessa orienta que os tutores mantenham a água em temperatura fresca e os recipientes, limpos. Caso contrário, como são muito caprichosos, podem apresentar um comportamento de privação à ingestão e quadros decorrentes de desidratação.
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