AVIAÇÃO
Boeing 727 deixa de operar no Brasil; relembre os dois acidentes fatais com o modelo no País
Após 55 anos de história, trijato fez seus últimos voos neste fim de semana; um está parado no aeroporto de Porto Alegre
Última atualização: 20/10/2024 15:52
A Total Cargo anunciou neste fim de semana o fim da operação de seus três Boeing 727-200 no Brasil. O modelo, considerado o Cadillac dos céus pelo conforto e robustez, foi substituído pelo Boeing 737, mais moderno e econômico.
Os trijatos da Total eram os últimos do modelo em uso no Brasil. Um deles, de prefixo PR-TTP, está parado no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, desde a enchente de maio. O avião já está sem os motores.
Os outros dois trijatos da Total que seguiam em uso eram os de prefixos PR-TTO e PR-TTW. A Total não informa qual será o destino dos aviões, que têm mais de 40 anos de uso. O Boeing 727 voou no Brasil por 55 anos. Neste período foram dois acidentes fatais.
A tragédia do voo 303 em Santa Catarina
O primeiro foi em 1980 em Florianópolis, capital de Santa Catarina. O voo 303, da empresa Transbrasil, ligava Belém, no Pará, a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com escalas em várias capitais.
No dia 12 de abril daquele ano, o Boeing 727 de prefixo PT-TYS bateu na encosta do Morro da Virgínia, a 32 quilômetros do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, quando se aproximava para o pouso. Dos 58 ocupantes, apenas três sobreviveram.
A tragédia do voo 168 no Ceará
O segundo e último acidente fatal no Brasil envolvendo o modelo Boeing 727 foi em 8 de junho de 1982. O avião da Vasp que fazia o voo 168 caiu na Serra da Aratanha, no Ceará, pouco antes de pousar no aeroporto de Fortaleza.
O voo havia partido de São Paulo e fez escala no Rio de Janeiro antes de seguir para Fortaleza. O acidente deixou 137 mortos, sendo o maior desastre aéreo da aviação nacional até então.