RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Bilionários donos da Americanas dizem que não sabiam sobre 'manobras' ou 'dissimulações contábeis'
O trio de acionistas Lemann, Telles e Sicupira emitiu comunicado em que também reafirma o empenho em trabalhar pela recuperação da gigante do varejo
Última atualização: 22/01/2024 11:51
O trio de investidores de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, emitiram pela primeira vez, desde o início da crise da Americanas, um comunicado no qual alegam que não tinham conhecimento do que chamaram de "manobras ou dissimulações contábeis" nas contas da varejista. Eles acrescentam que nem empresa de auditoria, a PwC, nem os bancos denunciaram qualquer irregularidade relativa à companhia.
"Jamais tivemos conhecimento e nunca admitiríamos quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia. Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país", afirma o trio em nota pública.
Eles afirmam que a empresa era tocada por executivos considerados qualificados e "de reputação ilibada" e acrescentam que a empresa era auditada por "uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo, a PwC".
"Ela, por sua vez, fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa. Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade", pontuam os investidores. Com esses argumentos, os três afirmam que acreditavam que "tudo estava absolutamente correto".
"O comitê independente da companhia terá todas as condições de apurar os fatos que redundaram nas inconsistências contábeis, bem como de avaliar a eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras", acrescentam Lemann, Sicupira e Telles.
Sem tocar no assunto de novos aportes para manter a liquidez da rede de varejo, os três afirmam ter "compromisso de integral transparência e de total colaboração" em tudo que estiver ao seu alcance para esclarecer todos os fatos e suas circunstâncias. "Lamentamos profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos."
O trio escreve ainda que reafirma o empenho em trabalhar pela recuperação da Americanas, com a maior brevidade possível, "focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores".
A empresa teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça do Rio de Janeiro na última quinta-feira, 19, com dívidas que somam R$ 43 bilhões, após virem à tona, no dia 11 de janeiro, inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.
O trio de investidores de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, emitiram pela primeira vez, desde o início da crise da Americanas, um comunicado no qual alegam que não tinham conhecimento do que chamaram de "manobras ou dissimulações contábeis" nas contas da varejista. Eles acrescentam que nem empresa de auditoria, a PwC, nem os bancos denunciaram qualquer irregularidade relativa à companhia.
"Jamais tivemos conhecimento e nunca admitiríamos quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia. Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país", afirma o trio em nota pública.
Eles afirmam que a empresa era tocada por executivos considerados qualificados e "de reputação ilibada" e acrescentam que a empresa era auditada por "uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo, a PwC".
"Ela, por sua vez, fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa. Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade", pontuam os investidores. Com esses argumentos, os três afirmam que acreditavam que "tudo estava absolutamente correto".
"O comitê independente da companhia terá todas as condições de apurar os fatos que redundaram nas inconsistências contábeis, bem como de avaliar a eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras", acrescentam Lemann, Sicupira e Telles.
Sem tocar no assunto de novos aportes para manter a liquidez da rede de varejo, os três afirmam ter "compromisso de integral transparência e de total colaboração" em tudo que estiver ao seu alcance para esclarecer todos os fatos e suas circunstâncias. "Lamentamos profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos."
O trio escreve ainda que reafirma o empenho em trabalhar pela recuperação da Americanas, com a maior brevidade possível, "focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores".
A empresa teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça do Rio de Janeiro na última quinta-feira, 19, com dívidas que somam R$ 43 bilhões, após virem à tona, no dia 11 de janeiro, inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.