'PIX DOS SERVIÇOS FINANCEIROS'
Banco Central começa a testar o real digital, a criptomoeda brasileira
Projeto-piloto do 'pix dos serviços financeiros' vai permitir a transferência de ativos financeiros de forma imediata
Última atualização: 01/02/2024 16:37
O Banco Central pretende iniciar o desenvolvimento da plataforma para testes das operações do real digital, a criptomoeda oficial brasileira. A novidade foi confirmada após revisão das diretrizes da moeda.
O coordenador da iniciativa, Fabio Araujo, enfatizou que o dinheiro digital do Banco Central (conhecido pela sigla CBDC em todo o mundo) funcionará como uma espécie de "Pix dos serviços financeiros". Isso se dá, segundo o técnico, porque o real digital vai permitir a transferência de ativos financeiros de forma tão imediata quanto o Pix.
Veja ainda: Saque de 'dinheiro esquecido' começa nesta terça-feira; saiba como consultar valores disponíveis
O projeto-piloto, com início ainda este mês, terá a participação de bancos, instituições de pagamento, cooperativas e outras participantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN). "Vamos discutir propostas de piloto com participantes do sistema no início de abril", previu.
Nessa fase de teste, o "Piloto RD", o BC avaliará uma plataforma de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology - DLT) multiativo para operações com ativos tokenizados (digitais). Para isso, levará em conta os "contornos legais de sigilo", a proteção de dados e a prevenção à lavagem de dinheiro. O BC enfatizou que o teste será realizado em ambiente simulado, não envolvendo transações ou valores reais.
O acesso direto a contas e passivo digital do BC continuará restrito a instituições autorizadas. O piloto prevê a participação de usuários finais por meio de depósitos tokenizados, que são representações digitais de depósitos mantidos por instituições financeiras (IFs) ou instituições de pagamento (IPs). O piloto contará ainda com a participação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e contemplará a emissão de Títulos Públicos Federais e a liquidação de transações envolvendo esses títulos com Entrega contra Pagamento (Delivery versus Payment - DvP) no nível do cliente final.
Uma das diretrizes do real digital, de acordo com o BC, é que os ativos tokenizados seguirão seus respectivos regimes normativos para não gerar assimetria entre as formas desses ativos atual e tokenizada. Outra diretriz apontada pela instituição é a ênfase na concepção de um DLT que possibilite o registro de ativos de diversas naturezas e a incorporação de tecnologias com contratos inteligentes e dinheiro programável.
"Por fim, vale ressaltar a busca pela total aderência a normatização relativa a sigilo, proteção de dados e prevenção à lavagem de dinheiro", disse o BC, em nota.
"O real digital deve ser emitido pelo Banco Central a fim de dar suporte a serviços de varejo", disse Araujo. Ele afirmou que serviços financeiros de varejo serão liquidados por tokens de depósitos de bancos e fintechs e que haverá aplicação de um arcabouço regulatório vigente a operações com o real digital.
O Banco Central pretende iniciar o desenvolvimento da plataforma para testes das operações do real digital, a criptomoeda oficial brasileira. A novidade foi confirmada após revisão das diretrizes da moeda.
O coordenador da iniciativa, Fabio Araujo, enfatizou que o dinheiro digital do Banco Central (conhecido pela sigla CBDC em todo o mundo) funcionará como uma espécie de "Pix dos serviços financeiros". Isso se dá, segundo o técnico, porque o real digital vai permitir a transferência de ativos financeiros de forma tão imediata quanto o Pix.
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O projeto-piloto, com início ainda este mês, terá a participação de bancos, instituições de pagamento, cooperativas e outras participantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN). "Vamos discutir propostas de piloto com participantes do sistema no início de abril", previu.
Nessa fase de teste, o "Piloto RD", o BC avaliará uma plataforma de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology - DLT) multiativo para operações com ativos tokenizados (digitais). Para isso, levará em conta os "contornos legais de sigilo", a proteção de dados e a prevenção à lavagem de dinheiro. O BC enfatizou que o teste será realizado em ambiente simulado, não envolvendo transações ou valores reais.
O acesso direto a contas e passivo digital do BC continuará restrito a instituições autorizadas. O piloto prevê a participação de usuários finais por meio de depósitos tokenizados, que são representações digitais de depósitos mantidos por instituições financeiras (IFs) ou instituições de pagamento (IPs). O piloto contará ainda com a participação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e contemplará a emissão de Títulos Públicos Federais e a liquidação de transações envolvendo esses títulos com Entrega contra Pagamento (Delivery versus Payment - DvP) no nível do cliente final.
Uma das diretrizes do real digital, de acordo com o BC, é que os ativos tokenizados seguirão seus respectivos regimes normativos para não gerar assimetria entre as formas desses ativos atual e tokenizada. Outra diretriz apontada pela instituição é a ênfase na concepção de um DLT que possibilite o registro de ativos de diversas naturezas e a incorporação de tecnologias com contratos inteligentes e dinheiro programável.
"Por fim, vale ressaltar a busca pela total aderência a normatização relativa a sigilo, proteção de dados e prevenção à lavagem de dinheiro", disse o BC, em nota.
"O real digital deve ser emitido pelo Banco Central a fim de dar suporte a serviços de varejo", disse Araujo. Ele afirmou que serviços financeiros de varejo serão liquidados por tokens de depósitos de bancos e fintechs e que haverá aplicação de um arcabouço regulatório vigente a operações com o real digital.