A estudante de 17 anos, que morreu na manhã desta segunda-feira (23), no ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, estava feliz porque havia recebido seu primeiro salário e gostava de jogar vôlei nas horas vagas.
Quem conta é o avô. “Ela estava muito feliz com o salário. Ela era estudiosa, tirava boas notas”, afirma. Ela é a caçula de um casal de irmãos e havia acabado de receber sua primeira remuneração, como auxiliar de escritório, depois de um mês de trabalho. “Seu sonho era ser advogada”, diz o vizinho Reinaldo Lopes.
O governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a jovem não tinha nenhuma relação com o atirador. “Ela foi a primeira pessoa que passou na frente dele”, disse o governador em entrevista coletiva em Sapopemba. Giovanna chegou a ser socorrida ao Hospital Sapopemba, mas não resistiu ao ferimento na cabeça.
O pai trabalha em uma indústria gráfica também na zona leste. A mãe é professora e trabalha numa creche nas proximidades do shopping Aricanduva. Os vizinhos afirmaram que ela “não conseguia ficar de pé de tanta tristeza”. Os pais não quiseram dar entrevistas.
“As pessoas não acreditam no que aconteceu. A gente vê esses crimes na TV e nunca imagina que vai acontecer na nossa esquina”, diz Telma da Silva, proprietária de um restaurante nas proximidades da escola.
A jovem era ativa nas redes sociais e gostava de mostrar sua paixão pelo voleibol. Há também vídeos da adolescente com os amigos dentro da Escola Sapopemba durante os intervalos das aulas. A última postagem foi feita na tarde de domingo, 22. A estudante publicou imagem de um passeio no Parque Água Branca, na zona oeste.
O ataque desta segunda-feira é o segundo caso neste ano em São Paulo. No dia 27 de março, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu e quatro pessoas ficaram feridas após serem atacadas com faca por um aluno do oitavo ano da Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste. O agressor, de 13 anos, foi desarmado e levado para uma unidade da Fundação Casa.
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