INVESTIGAÇÃO
Ataque a creche é caso isolado e não foi coordenado, diz delegado sobre crime em Blumenau
Com base no depoimento prévio do agressor, Polícia Civil considera que crime não teve "relação com outras práticas criminosas"
Última atualização: 01/03/2024 09:01
Responsável pela investigação do ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), o delegado Ulisses Gabriel disse nesta quarta-feira (5) que este foi um crime isolado. Em coletiva de imprensa nesta tarde, ele acrescentou que a entrevista prévia feita com Luiz Henrique de Lima, de 25 anos, preso em flagrante pelos homicídios e tentativas de homicídios de crianças, indica que não houve influência de outros meios na ação.
"Não tem relação com outras práticas criminosas e não é um fato coordenado, seja por jogo, seja por rede social, seja através de conversas e negociações entre criminosos", afirmou Gabriel, reforçando que as informações que circularam pela Internet após o caso, de que novos ataques estariam acontecendo em outras cidades, eram falsas.
Ele ainda orientou que, em caso de dúvida, os pais busquem se informar pelos sites e redes sociais dos órgãos oficiais.
O delegado relatou ainda que o homem ainda passará por um interrogatório. A motivação, o planejamento e a efetivação do crime são investigados, com apoio de outras delegacias. Pela manhã, já foi solicitada a quebra de sigilos telefônicos e telemáticos do suspeito. Uma equipe policial já trabalha na extração de dados dos telefones celulares dele e na análise desses materiais.
O crime
O ataque à creche aconteceu no início da manhã desta quarta-feira. Segundo a Polícia, o homem de 25 anos teria chegado em uma motocicleta, pulado o muro da instituição e agredido crianças com uma machadinha. Quatro morreram e cinco ficaram feridas. Internadas em um hospital da cidade, as sobreviventes estão em estado estável e devem ganhar alta até esta quinta-feira.
Após cometer o crime, o homem se entregou à Polícia Militar. Ele tem antecedentes policiais por esfaquear o padrasto, um cachorro, entre outros crimes.