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Após cassação de Dallagnol, PowerPoint da Lava Jato vira meme e governo entra na onda

Nas redes sociais, governo federal postou imagem enaltecendo ações do terceiro mandato de Lula; formatação lembra apresentação de procuradores feita em 2016

Joyce Heurich
Publicado em: 17/05/2023 às 18h:30 Última atualização: 26/03/2024 às 20h:17
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A cassação da candidatura do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) movimentou as redes sociais desde a noite de terça-feira (16). No Twitter, hashtags como “grande dia” e “bem feito” se espalharam entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, usuários contrários ao petista apostaram na hashtag “ditadura”.

Após cassação de Dallagnol, web faz memes com PowerPoint da Lava Jato



Após cassação de Dallagnol, web faz memes com PowerPoint da Lava Jato

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Quem aprovou a perda do mandato não poupou o ex-procurador da operação Lava Jato e transformou em meme o PowerPoint com acusações a Lula apresentado pela Promotoria em 2016. A apresentação feita à época associava o acusado a pessoas e crimes, colocando o nome do político no centro e 14 círculos ao redor com setas apontadas para ele.

Na versão que viralizou entre ontem e hoje, era o nome de Dallagnol que estava centralizado, cercado pelas palavras “mandato cassado” repetidas por 14 vezes. 

O governo decidiu entrar na onda e, por volta do meio-dia, publicou em suas redes sociais oficiais uma imagem em formatação semelhante, mas enaltecendo as ações dos primeiros 137 dias do terceiro mandato do petista.

“O Governo segue trabalhando para melhorar a vida da população, com programas como o Brasil Sorridente, Mais Médicos, Bolsa Família, entre outras conquistas”, diz o post.

Pastor do PL fica com vaga de Deltan

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) concluiu que a vaga do deputado federal cassado ficará com o pastor Itamar Paim (PL). Ele teve 47 mil votos, mas foi ‘puxado’ pelo coeficiente eleitoral do partido. O pastor evangélico já aparece como ‘eleito’ no site da Justiça Eleitoral.

Dallagnol foi o deputado mais votado no Paraná, com 344.917 votos. Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (17), o ex-procurador afirmou que a soberania popular e o poder do voto foram ‘anulados’ pela decisão que mandou cassar o seu mandato. “Isso frauda e mina a nossa democracia”, disse.

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenderam que Dallagnol se desligou do Ministério Público Federal com quase um ano de antecedência da eleição, antevendo que os procedimentos disciplinares a que respondia poderiam colocar em risco sua futura candidatura.

Os ministros concluíram que houve uma tentativa de ‘burlar’ a Lei da Ficha Limpa e anularam o registro de candidatura. Com a decisão, o ex-procurador também fica inelegível por oito anos.

(*) Com informações de Estadão Conteúdo

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