Política
Apartamento de R$ 6 mi em SP pode ligar governador do AC com esquema de corrupção
Última atualização: 02/02/2024 13:59
Uma das provas consideradas centrais pela PolÃcia Federal (PF) na Operação Ptolomeu, que atribui ao governador do Acre, Gladson Cameli, a liderança de um esquema de corrupção e desvio de dinheiro, é a compra de um apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, no bairro dos Jardins, em São Paulo.
De acordo com a investigação, a própria construtora responsável pelo empreendimento acionou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) depois que o polÃtico tentou indicar terceiros como pagadores.
Os investigadores mapearam a origem do dinheiro: a entrada de R$ 200 mil do imóvel foi dada pela empresa Rio Negro, do irmão do governador, Gledson Cameli, logo após ter recebido um repasse de mesmo valor da empresa Seven Construções e Empreendimentos, que segundo a PF servia como 'conta de passagem' para escoar o dinheiro desviado no esquema.
A PolÃcia Federal seguiu o rastro dos depósitos e descobriu que a Seven havia recebido a transferência da Murano Construções, que fechou contratos de mais de R$ 30 milhões com o Governo do Acre na gestão Cameli.
"É inequÃvoco que Gladson Cameli e sua esposa, Ana Paula Correia da Silva Cameli, são os reais proprietários do apartamento de luxo e, assim, beneficiários diretos de vantagem indevida em decorrência do cargo público ocupado pelo atual governador do Acre", afirma a PF em um relatório da investigação.
No tablet de Gladson Cameli, apreendido na Operação Ptolomeu, os investigados encontraram cópias do contrato de compra e venda do apartamento, em nome do governador e da mulher, e do projeto de arquitetura do imóvel.
Uma conversa de WhatsApp localizada pelos investigadores mostra que o governador pede que o secretário da Fazenda, Rômulo Grandidier, 'se organize para transferir um apartamento que está no nome da empresa do Gleidison para a GDC' (holding do polÃtico).
A PF afirma que o governador comprou imóveis, carros e aeronaves como estratégia para lavar o dinheiro que teria sido desviado a partir do direcionamento e superfaturamento de contratos públicos.
COM A PALAVRA, O GOVERNADOR DO ACRE
Quando a terceira fase da Operação Ptolomeu foi deflagrada na quinta-feira, 9, o governador do Acre, Gladson Cameli, divulgou nota em que afirmou:
"Essa é mais uma etapa da operação de mesmo nome. Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;
Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;
O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça."
Uma das provas consideradas centrais pela PolÃcia Federal (PF) na Operação Ptolomeu, que atribui ao governador do Acre, Gladson Cameli, a liderança de um esquema de corrupção e desvio de dinheiro, é a compra de um apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, no bairro dos Jardins, em São Paulo.
De acordo com a investigação, a própria construtora responsável pelo empreendimento acionou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) depois que o polÃtico tentou indicar terceiros como pagadores.
Os investigadores mapearam a origem do dinheiro: a entrada de R$ 200 mil do imóvel foi dada pela empresa Rio Negro, do irmão do governador, Gledson Cameli, logo após ter recebido um repasse de mesmo valor da empresa Seven Construções e Empreendimentos, que segundo a PF servia como 'conta de passagem' para escoar o dinheiro desviado no esquema.
A PolÃcia Federal seguiu o rastro dos depósitos e descobriu que a Seven havia recebido a transferência da Murano Construções, que fechou contratos de mais de R$ 30 milhões com o Governo do Acre na gestão Cameli.
"É inequÃvoco que Gladson Cameli e sua esposa, Ana Paula Correia da Silva Cameli, são os reais proprietários do apartamento de luxo e, assim, beneficiários diretos de vantagem indevida em decorrência do cargo público ocupado pelo atual governador do Acre", afirma a PF em um relatório da investigação.
No tablet de Gladson Cameli, apreendido na Operação Ptolomeu, os investigados encontraram cópias do contrato de compra e venda do apartamento, em nome do governador e da mulher, e do projeto de arquitetura do imóvel.
Uma conversa de WhatsApp localizada pelos investigadores mostra que o governador pede que o secretário da Fazenda, Rômulo Grandidier, 'se organize para transferir um apartamento que está no nome da empresa do Gleidison para a GDC' (holding do polÃtico).
A PF afirma que o governador comprou imóveis, carros e aeronaves como estratégia para lavar o dinheiro que teria sido desviado a partir do direcionamento e superfaturamento de contratos públicos.
COM A PALAVRA, O GOVERNADOR DO ACRE
Quando a terceira fase da Operação Ptolomeu foi deflagrada na quinta-feira, 9, o governador do Acre, Gladson Cameli, divulgou nota em que afirmou:
"Essa é mais uma etapa da operação de mesmo nome. Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;
Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;
O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça."