O apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal no início da manhã desta terça-feira (15) teria começado na mesma linha de transmissão que deu origem ao blecaute de 2018 no País. A informação, ainda preliminar, é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Monitoramento do ONS em tempo real indica, no início da tarde, que o fornecimento de energia está próximo da normalidade no País.
Segundo informa o jornal O Globo, a falha desta manhã teria começado na subestação Xingu, que fica na cidade de Anapu (PA), a menos de 20 quilômetros da usina hidrelétrica de Belo Monte. A subestação recebe energia da usina, faz o tratamento técnico da energia e distribui para o restante do Brasil.
O problema exato que teria forçado a parada da subestação ainda é desconhecido. A expectativa é que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, detalhe o assunto em coletiva de imprensa marcada para as 16h30 na sede do ministério, em Brasília.
O que se sabe até agora é que, possivelmente após problema na subestação Xingu, foram desligadas duas grandes linhas de transmissão de Belo Monte, ocasionando falha em cascata. Como o sistema elétrico é inteiramente interligado, uma falha grande no Norte causa um efeito generalizado.
Ainda segundo informações extra-oficiais, na sequência teria havido uma falha na interligação da rede de transmissão entre Nordeste e Sudeste, em um circuito instalado em Imperatriz (MA). Também houve problemas na usina de Tucuruí (PA), que fica ali próximo.
Com a interrupção de Imperatriz, o Nordeste e o Norte deixaram de mandar energia para o restante do Brasil. Como essas regiões estavam “exportando” energia naquele momento para Sul e Sudeste, o restante do País foi atingido.
No Sudeste e Centro-Oeste, que pela manhã não estava gerando energia suficiente para atender toda a demanda, houve acionamento do Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), que derruba automaticamente o fornecimento de energia em localidades para evitar sobrecarga.
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