POR 90 DIAS
Alexandre de Moraes afasta governador do DF do cargo após atos de vandalismo e invasões em Brasília
Decisão foi tomada a partir do entendimento de que as forças de segurança do Distrito Federal não contiveram os ataques de grupos de bolsonaristas radicais no domingo
Última atualização: 17/01/2024 15:04
Na madrugada desta segunda-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afastou por 90 dias o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. A decisão foi tomada a partir do entendimento de que as forças de segurança do DF não contiveram as invasões registradas no domingo (8) nas sedes dos dos Três Poderes, em Brasília. Durante a tarde, grupos de bolsonaristas radicais depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF.
De acordo com o G1, a decisão de Moraes foi tomada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual ele é relator, ao analisar um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União.
"A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira", escreveu o ministro na decisão.
Na noite de domingo, Moraes que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que os ataques "terroristas", conforme classificou, serão responsabilizados. Ele também destacou que os financiadores, instigadores, além de agentes públicos com conduta ilícita nos atos, sofrerão pela participação.
"Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos", escreveu no Twitter.