AVIAÇÃO
ALARME FALSO: Entenda o que aconteceu com voo da Azul que fechou Aeroporto de Congonhas; piloto fez vídeo na cabine
Incidente foi na noite da última sexta-feira, mas no sábado ainda havia transtornos no que é um dos mais movimentados aeroportos do Brasil
Última atualização: 28/08/2023 00:53
Um alarme falso indicando suposto sequestro em voo da Azul que fazia a rota Recife-São Paulo alterou a rotina do Aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do Brasil, entre a noite de sexta-feira (25) e a manhã de sábado (26). Doze voos da Gol precisaram ser cancelados. Latam e Azul não confirmaram a extensão dos transtornos.
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O alerta foi disparado às 20h50 da cabine de comando do voo Azul 4277, que havia decolado às 17h45 do Recife, e causou o fechamento do Aeroporto e Congonhas e a suspensão de suas operações durante uma hora e meia, de acordo com a Infraero. Nas redes sociais, internautas reclamaram de voos atrasados.
Tecnicamente chamado de "alerta de apoderamento ilícito de aeronave", o código foi repassado à Polícia Federal e desencadeou o protocolo de segurança no aeroporto. O avião ficou isolado na pista auxiliar enquanto um grupo de gerenciamento de crise era acionado.
Enquanto do lado de fora policiais e equipes técnicas averiguavam se havia algum problema com o voo, na cabine o piloto resolveu gravar um vídeo para mostrar que era alarme falso.
"A cabine tá ok. A cabine tá fechada. Não tem nada de errado, não tem interferência ilícita, tá ok? O transponder está intocado desde a hora que a gente chegou, inclusive com os modos ligados. Não desligamos o transponder porque a gente está em cima da pista", disse o piloto no vídeo.
E ele seguiu: "Está exatamente do jeito que estava desde a saída lá de Recife, tá ok? A cabine de passageiros está em ordem, os passageiros estão sentados. Alguns já estão levantando para ir no banheiro, não tem como segurar, a gente já está aqui há quarenta minutos… Mas nenhuma interferência, tudo certo, tudo sob controle."
Após a conclusão de que se tratava mesmo de um alarme falso, os passageiros e a tripulação foram finalmente autorizados a desembarcar. Como é praxe em casos do tipo, as autoridades agora deverão investigar quem fez a falsa denúncia de sequestro.