Trabalho autônomo

Ainda vale a pena ser motorista de aplicativo? Pesquisa explica

Pesquisa mostra quais eram e quais são os ganhos atuais de motoristas de aplicativo e entregadores de delivery

Publicado em: 23/05/2024 13:59
Última atualização: 23/05/2024 13:59

A flexibilidade nos horários e a facilidade para começar a trabalhar são alguns dos atrativos para quem deseja prestar serviço a algum aplicativo de transporte, seja de passageiros ou de carga. O que muitos se perguntam é, se nos dias de hoje, ainda vale a pena prestar esse tipo de serviço.

Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara os ganhos dos motorista de aplicativo e entregadores, antes e depois, e mostra se ainda vale a pena prestar esse tipo de serviço Foto: Giordanna Vallejos/GES-Especial

No início da década passada, a comodidade começou a popularizar os serviços online de transporte e entrega de comida. Com a subida da demanda, também aumentou a oferta de profissionais para essas áreas.

Quando ganhavam e quanto ganham em média motoristas e entregadores?

Segundo informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2012 e 2014, o rendimento mensal médio dos motoristas de aplicativo ficava na casa dos R$ 3.100. Já em 2022, os ganhos estavam na casa dos R$ 2.400, apresentando uma queda de 22,5%.

No caso dos entregadores, a queda dos lucros foi ainda maior em um intervalo menor. Em 2015, os profissionais faturavam cerca de R$ 2.250 , - 26,6%, que os R$ R$ 1.650 em 2021.

Quais os motivos da queda nos valores?

O aumento do número de trabalhadores disponíveis é um dos motivos para a queda nos rendimentos. Entre 2012 e 2015, a oferta de mão de obra de motoristas autônomos no setor de transporte de passageiros era de cerca de 400 mil trabalhadores. Em 2022, o total de ocupados se aproximava de 1 milhão.

O número de entregadores inscritos nas plataformas de delivery também aumentou consideravelmente. Foi de 56 mil em 2015 para 366 mil em 2021.

E quanto a carga horária?

Além da perda de remuneração, motoristas e entregadores inscritos em plataformas de mobilidade passaram a trabalhar mais. A proporção de motoristas com jornadas entre 49 e 60 horas semanais passou de 21,8% em 2012 para 27,3% em 2022.
No caso dos entregadores, a proporção de quem tinha jornadas iguais ou superiores a 49 horas semanais passou de 19,9% em 2012 para 29,3% em 2022.

 

 

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