O Natal tem vários símbolos muito conhecidos. Além dos elementos religiosos, como o presépio, o Menino Jesus, a Estrela Guia e os Reis Magos, há uma série de tradições e ícones que são bem arraigados. Uma das principais tradições da data é a árvore de Natal. Curiosamente, muitos desconhecem sua origem.
Um dos detalhes interessantes é que a tradição contemporânea das árvores natalinas estaria ligada à Alemanha. A enciclopédia Britannica lista o país europeu como origem do hábito de decorar árvores no Natal e detalha a evolução histórica. Lá, fala-se em Weihnachtsbaum (“árvore de Natal”) ou “Lichterbaum” (“árvore das luzes”). O simbolismo religioso atual está ligado à renovação, já que na religião cristã o Natal representa a chegada da luz.
Entre os séculos 15 e 18, era uma tradição alemã celebrar o dia de Adão e Eva, no dia 24 de dezembro. Ele fazia parte dos festejos ligados ao Natal. Em homenagem a Adão e Eva, os alemães decoravam uma Árvore do Paraíso, uma planta com uma maçã pendurada.
Ao longo do tempo, a árvore foi se sofisticando e ganhando adereços adicionais além da maçã. Isso podia incluir doces, algodões, velas e, eventualmente, bolas que passaram a substituir as maçãs.
A Britannica refere que esta tradição alemã, hoje pouco lembrada, foi portada para a Inglaterra por volta dos séculos 18 ou 19. A partir dali, a forte influência cultural britânica alastrou a tradição pelo mundo. Autores como Charles Dickens, escritor do célebre Conto de Natal, ajudaram a propagar as tradições inglesas mundo afora.
Na origem, entretanto, a árvore britânica era alemã. Mesmo na Alemanha, a Árvore do Paraíso seria uma versão mais atualizada, em um contexto cristão, de tradições muito mais antigas. Ainda na época anterior à propagação do cristianismo, as tribos eslavas e germânicas costumavam celebrar o Solstício de Inverno do hemisfério norte no final de dezembro. É possível que esta data tenha entrado em superposição com o Natal cristão ao longo do tempo.
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