Produtores de Ivoti começaram a receber insumos para ajudar na recuperação da fertilidade

Ivoti foi o primeiro município do Rio Grande do Sul a receber insumos que auxiliam na recuperação da fertilidade do solo. Através de recurso disponibilizado pelo Governo do Estado, 55 produtores começaram a receber, a partir da última quinta-feira (29), 750 toneladas de calcário, 86 sacos de aveia, e 560 sacos de adubo orgânico mineral. O recurso foi enviado para recuperar o solo de 92 hectares do município, que tiveram perdas decorrentes de chuvas intensas e alagamentos, visando recuperar a capacidade produtiva.

Por conta dos eventos climáticos de junho do ano passado, o Programa de Recuperação da Fertilidade do Solo foi lançado para apoiar agricultores e buscar soluções para a recuperação das atividades agropecuárias nas regiões afetadas. Na época, conforme relembra o técnico agrícola do Departamento de Agricultura de Ivoti, Giovanni Tassinari, um levantamento dos produtores afetados foi feito, juntamente com o Agrônomo da Emater, Felipe Pereira Dias, e os itens necessários para a região foram sugeridos pelos técnicos.

Ivoti recebeu cerca de R$ 300 mil para a licitação dos insumos. “Foi bem satisfatório, não foi 100%, mas ficou dentro da realidade do município”, comenta Tassinari. Os itens, conforme destaca o técnico, serão fundamentais para que os produtores tenham resultados positivos com as colheitas.

“O calcário, por exemplo, tem a propriedade de neutralizar a acidez do solo, e é indicado para fazer esse tratamento no pré-plantio. A aveia é uma forrageira que auxilia na recuperação do solo degradado. Já o adubo, vai ser para os plantios de lavouras anuais. Vai ajudar no desenvolvimento desse cultivo”, explica Tassinari.

Na região de Ivoti, a produção agrícola é focada em milho, aipim e horticultura. Além disso, o plantio é feito em agosto e setembro. Por isso, o técnico ressalta a importância da preparação do solo, e que muitas vezes os produtores optam por não investir nos insumos, já que o resultado surge a longo prazo.

“O produtor não tem o hábito de fazer calcário, porque, apesar do insumo ser barato, o frete é custoso, e ele pensa que não vale a pena colocar, já que a diferença não é imediata. Como estamos fornecendo sem custo, ele vai aceitar fazer, e a longo prazo ajudará na fertilidade do solo”, completa.

Depois da distribuição dos insumos, o Departamento de Agricultura de Ivoti e a Emater farão o acompanhamento e o monitoramento das propriedades para ver o efeito da aplicação dos produtos. “Faremos um antes e depois da aplicação do calcário, adubo, e iremos acompanhar os resultados”, diz Tassinari.