O setor produtivo de arroz esteve no centro de um debate que gerou divergências no Rio Grande do Sul após as enchentes de maio. Com cerca de 85% da safra colhida e armazenada, os produtores viram a enchente interromper a cadeia de distribuição e ameaçar as propriedades.
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Houve preocupação de autoridades com o risco de desabastecimento. Diante disso, a importação do grão chegou a ser planejada por meio do governo federal. Agora, o setor se prepara para mais uma safra, tendo no horizonte a solução de uma equação difícil: manter o preço do grão competitivo para que o produtor gaúcho siga apostando na cultura. Todo esse contexto esteve no centro do debate do Painel “Cenários do Arroz – do Campo ao Consumidor”, realizado na segunda-feira (26)na Expointer.
Presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho defende que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, o grão brasileiro ainda é um dos mais baratos do mundo para o consumidor. A importação não se concretizou, mas desgastou a imagem do setor junto ao público e desestimulou investimentos dos empresários para as próximas safras, acreditam os representantes do setor.
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Para a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva, um dos movimentos que ainda precisa ser explorado na relação dos produtores com o consumidor é a comunicação, para que as boas práticas produtivas e industriais e a qualidade do arroz brasileiro sejam amplamente conhecidas. “Precisamos nos comunicar com o público para contar a história do setor”, destacou.
O papel do arroz na reconstrução do Rio Grande do Sul
Ao final do painel, alguns representantes dos arrozeiros foram chamados ao palco pelo diretor jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, para que fossem reconhecidos pelo esforço de drenagem do Aeroporto Salgado Filho, no início de junho.
Na ocasião, Belloli salientou o papel do setor na retomada econômica do Estado e, mais do que isso, na promoção da segurança alimentar e do bem-estar da população não só do Rio Grande do Sul, mas do país.
“A lavoura de arroz sempre teve pertinência econômica, social e ambiental, o que ficou ainda mais evidente neste momento. Garante o alimento na mesa do brasileiro e fortalece a indústria local, especialmente neste momento em que o Estado vive um momento de crise. O consumidor precisa conhecer e valorizar o arroz gaúcho”, completou.
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