A cada edição, a Expointer tem recebido mais exemplares de búfalos entre os animais. Inclusive com possibilidade de interação com o público, que pode passear montado num búfalo pelo parque Assis Brasil.
Foto: Susana Leite/GES-Especial
Atualmente existem cerca de 1 mil criadores no Rio Grande do Sul em um mercado com possibilidade de expansão. O custo menor de manejo em comparação com bovinos é uma das grandes vantagens. Qualidade da carne e do leite completam a lista.
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Há mais de 20 anos na atividade, o criador de búfalos Renato Fortes, trouxe alguns exemplares para a Expointer. Na fazenda do Cedro, em Pantano Grande, são criados animais com a finalidade de produção de leite.
Fortes enumera as qualidades que fizeram com que ele apostasse nos búfalos como negócio. “O leite tem um maior teor de proteína (se comparado ao leite de vaca) e mais ácidos graxos”, destaca o criador, que fornece o produto a um laticínio.
Além disso, o animal se adapta com facilidade ao pasto, o que, segundo Fortes, torna o manejo mais econômico. “É mais resistente a doenças. Praticamente inexistem problemas com carrapatos”, atesta.
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Durante a Expointer, a Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos (Ascribu) atua para divulgar o segmento com diversas atividades. Para aproximar o público, na segunda e na terça-feira (7), a Ascribu montou um grande churrasco para demonstrar a qualidade da carne. Foi assada uma carcaça inteira de búfalo.
A carcaça foi doada pelo criador Roberto Mascarenhas e o assado ficará a cargo de criadores de búfalos da Ascribu”, conta o vice-presidente da Ascribu, Raphael Gonçalves.
Mais atividades promovidas pela Ascribu
Para o público que se interessa pela atividade pecuária de bubalinos, estão programadas outras atividades. Nesta quarta-feira (28), ocorre o julgamento morfológico da raças de búfalo Murrah e Mediterrânea, na Pista Central. Na quinta-feira (29), na Casa do Búfalo, ocorre a Vitrine de queijos de búfala, a partir das 14 horas. E no sábado (31), dentro da programação da Vitrine da Carne Gaúcha, no estande do Sebrae, dentro do Pavilhão Internacional, a atração será a carne de búfalo.
Búfalo também dócil, como Soberano
O búfalo é considerado um animal de dupla aptidão (serve tanto para carne, como para leite) e também é um animal de tração, por isso, permite-se a montaria, pela sua docilidade. Por falar nisso, o Soberano, búfalo cedido pelo pecuarista Marcos Bottega, de Nova Hartz, continua conquistando os visitantes na Expointer.
“Cada vez o pessoal está gostando mais dos búfalos, porque o Soberano é manso. Todo mundo acha que o búfalo é selvagem, mas a gente está aqui para mostrar a docilidade do animal”, comenta o criador.
A presença dos búfalos no Espaço da Emater/RS-Ascar tem o intuito de divulgar essas novidades acerca da atividade, tanto para os produtores rurais, que podem apostar na criação de búfalos como alternativa de geração de renda, como para o público consumidor, para que se familiarize e passe a consumir os produtos oriundos da atividade.
“Se o produtor tiver um bom açude ou uma área de banhado, o animal se adapta tranquilamente”, comenta o extensionista da Emater/RS-Ascar, Gladimir Ramos de Souza.
Rebanho bubalino no RS
Com uma criação voltada para a produção de carne e leite, no Rio Grande do Sul, predominam as raças bubalinas Murrah, Mediterrâneo e Jafarabadi, segundo dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha, publicada na segunda-feira (26), pela Secretaria Agricultura do RS. Até o ano passado, haviam sido declarados 47,1 mil búfalos.
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