O juiz Rudson Marcos, que atua em Santa Catarina, está processando mais de 160 pessoas por conta uma hashtag que fazia referência ao julgamento sobre o caso Mari Ferrer. Atrizes, apresentadores, influenciadores e até políticos que usaram nas redes sociais a hashtag #estuproculposo ou a expressão, estão na lista. As informações são da Folha de São Paulo.
Entre os nomes estão Ivete Sangalo, Ana Hickmann, Angélica, Tata Werneck, Patrícia Pilar, Camila Pitanga e as deputadas Maria do Rosário (PT) e Luciana Genro (PSOL). Conforme a publicação da Folha, plataformas como Google, Organizações Globo, Uol e Estado de São Paulo também aparecem no processo que tramita em segredo de Justiça.
O magistrado, por meio da sua advogada, Iolanda Nascimento Garay, disse ao portal de notícias NSC que a ação não tem como foco limitar a liberdade de expressão de imprensa. A defesa do juiz afirma que ele não usou a expressão e nem a escreveu, que trata-se de uma fake news que teria sido usada propositalmente para empresas e usuários de mídias sociais lucrarem com a repercussão equivocada da expressão que é atribuída a ele. Iolanda ainda disse em nota que o vídeo da audiência é uma “montagem manipulada e não ordem real dos fatos”.
“Quanto à motivação das ações indenizatórias, estas visam a responsabilização pela disseminação da mentira atrelada ao juiz Rudson Marcos e não são de forma alguma uma mera intolerância a uma critica ou a uma hashtag, como afirmado”, conclui a nota da advogada.
Em novembro do ano passado, o juiz Rudson Marcos foi condenado a uma advertência pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por conta da sua atuação na audiência em que apurava o suposto caso de estupro da influenciadore Mariana Ferrer.
A jornalista do site The Intercept Brasil Schirlei Alves foi condenada no ano passado a pagar uma multa de indenização de R$ 400 mil, sendo a metade para o juiz Robson Marcos e a outra parte para o promotor Thiago Carriço, por ter publicado o vídeo da audiência em que a influenciadora era humilhada.
O empresário André de Camargo Aranha foi absolvido da acusação de dopar e estuprar a Mari Ferrer em um clube catarinense em 2018.
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