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OBRAS NA BR-116: Mais de 100 funcionários estão sem receber e obras são paralisadas na região

Funcionários afirmam que podem ficar sem comida e alojamentos ainda nesta semana

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Publicado em: 11/12/2023 às 12h:26
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ATUALIZAÇÃO: Saiba o que foi definido no encontro entre operários em greve e consórcio responsável por obras na região

Mais de 100 funcionários de uma empresa de engenharia contratada pelo consórcio BR-116 Norte, responsável pelas obras na BR-116 entre Esteio e Novo Hamburgo, estão com as atividades paralisadas desde a última sexta-feira (8) por falta de pagamento. Eles ainda não receberam o salário de novembro e estão com a parcela do 13º salário atrasada.

 

Operários estão no pátio onde fica a sede do consórcio aguardando finalização da reunião dos empreiteiros com o Sindicato dos Metalúrgicos  | Jornal NH



Operários estão no pátio onde fica a sede do consórcio aguardando finalização da reunião dos empreiteiros com o Sindicato dos Metalúrgicos

Foto: Divulgação

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Por conta disso, as obras em três trechos – Esteio, São Leopoldo e Novo Hamburgo – estão paradas e sem previsão de quando serão retomadas. Na manhã desta segunda-feira (11), o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre conseguiu se reunir com os empreiteiros em busca de uma solução para o impasse. O encontro iniciou às 9 horas e até o momento não acabou.

Enquanto isso, os operários aguardam no pátio onde está montada a estrutura do consórcio, em Sapucaia do Sul. “A situação está calma, sem protesto, estamos no diálogo”, explica Lucas Silva de Souza, um dos operários que trabalha na sinalização das obras. 



Sem alojamento e comida

Além do atraso salarial, outra questão que está em debate é a falta de pagamento do aluguel dos alojamentos [duas casas em Esteio e um apartamento em São Leopoldo] onde estes trabalhadores residem.

Cerca de 70% dos operários que atuam nas obras da BR-116 são oriundos da região nordeste do país, principalmente vindos do Maranhão, de Pernambuco, da Bahia e do Sergipe. “São três meses de atraso, e já recebemos o aviso de que se o pagamento não for regularizado nesta semana, vamos ser despejados”, avisa Souza.

Três meses também é o período em que a empresa responsável pela alimentação dos trabalhadores não recebe pelo serviço. A empresa fica em Canoas e tem uma filial em Sapucaia do Sul, de onde transporta as marmitas para os canteiros de obras. Sem salário e com risco de serem despejados, os trabalhadores já cogitam abandonar o Estado, mas alegam que dependem da empresa subcontratada pelo consórcio. “Também estamos sem receber passagem para ir embora”, relata o sinalizador.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a empresa que contratou os operários, nem com representantes do consórcio BR-116 Norte, formado pelas empresas MAC Engenharia, Sogel Construtora, ETERC Engenharia e Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia.

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