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COLAPSO

MACEIÓ: Entenda porque bairros tem risco de afundamento; residências e hospital foram evacuados

Situação entrou em estado crítico na noite da quinta-feira, quando autoridades constataram aumento da velocidade de afundamento

Ubiratan Júnior
Publicado em: 01/12/2023 às 09h:44 Última atualização: 01/12/2023 às 09h:44
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Residências e até um hospital foram evacuados entre a quarta e quinta-feira (30) em Maceió, em Alagoas, devido ao risco de afundamento. A prefeitura decretou situação de emergência devido à gravidade da situação que atinge cinco bairros da capital alagoana.

Residências e até um hospital foram evacuados entre a quarta e quinta-feira (30) em Maceió | Jornal NH



Residências e até um hospital foram evacuados entre a quarta e quinta-feira (30) em Maceió

Foto: Reprodução/Prefeitura de Maceió

“Esse é um momento de união, é um momento de preservar vidas. Depois do nosso plano de contingência já houve evacuação das pessoas e é importante dizer que não podemos cair em fake news. O mais importante é o trabalho preventivo, mas a cidade está preparada. Estamos acompanhando todas as atualizações que medem os tipos de afundamento, e as pessoas que estão nas bordas da nossa cidade estão sendo acompanhadas”, explica o prefeito João Henrique Caldas.

O que causa a situação é possibilidade iminente de colapso da mina de sal-gema da Braskem. De acordo com a Defesa Civil do estado, nas últimas 48 horas a mina 18, que fica no bairro Mutange, afundou um metro e seis centímetros do solo. A situação entrou em estado crítico na noite da quinta-feira, quando autoridades constataram aumento da velocidade de afundamento, atingindo 53 cm por dia. A expectativa é que o colapso aconteça nesta sexta-feira (1º). 

No começo da manhã, por volta das 6h32, segundo dados da Defesa Civil municipal o raio da mina atingiu 32 metros no subterrâneo. A mina tem volume de 500 mil m³ e cerca de 50 metros de profundidade.

A Defesa Civil alerta para potencial abalo sísmico, projetado em baixa escala, mas que poderá ser perceptível em vários bairros da cidade. Porém, o órgão reforça que não haverá consequências além das áreas isolados nos bairros Bom Parto, Bebedouro e Mutange.

Navegação na lagoa Mundaú está proibida. Não risco de tsunami, embora 60% da área da mina esteja submersa na lagoa, segundo a Defesa Civil.

Destino das famílias evacuadas

Nove escolas estão estruturadas com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, equipes da Guarda Municipal e de assistência social para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões do Mutange, Bom Parto (da área mais próxima da lagoa) e Flexal de Baixo. Os moradores que quiserem e puderem ir para a casa de parentes também serão auxiliados pelo Município com a entrega de cestas básicas.

Pacientes dp hospital que fica no bairro Pinheiro, embora não houvesse ordem de evacuação, foram transferidos para outras casas de saúde.

A Braskem afirma que “acompanha de forma ininterrupta os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil Municipal.”

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