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ÉPOCA DE VERANEIO

GRIPE AVIÁRIA: Contato com animais mortos ou doentes na praia pode contaminar humanos e pets; veja as recomendações

Reforço no monitoramento da doença deve ao aumento de movimentação nas praias, locais onde a ocorrência de casos de H5N1 tem sido maior no Estado

SUSANA DA SILVA LEITE
Publicado em: 01/11/2023 às 17h:58 Última atualização: 16/11/2023 às 15h:41
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Municípios do litoral gaúcho estão mobilizados para orientar veranistas sobre os riscos da gripe aviária. Com a proximidade da alta temporada nas cidades litorâneas, a Secretaria Estatual da Agricultura, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) uniu esforços com as secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Comunicação para orientar a população sobre ações que devem ser adotadas diante da possibilidade de haver aves e mamíferos marinhos afetados pela influenza (H5N1).

Movimento nas praias já está em alta desde o fim de outubro | Jornal NH



Movimento nas praias já está em alta desde o fim de outubro

Foto: Prefeitura de Tramandaí/Divulgação

Trata-se de uma doença altamente contagiosa que afeta principalmente aves, mas também pode ocasionalmente atingir cães, gatos e seres humanos que tenham contato direto com animais infectados. Até o momento, o Rio Grande do Sul registrou os principais focos de H5N1 em aves migratórias cujas rotas passam pelo litoral.

Materiais de divulgação, em formatos digitais e impressos, começarão a ser distribuídos neste feriado de 2 de novembro. Haverá ações nos pedágios e também nos municípios do litoral. Houve reuniões com as secretarias estaduais com representantes dos municípios para alinhas ações preventivas à gripe aviária.

O principal risco em torno da doença, além da possibilidade de contágio em humanos, é evitar que o vírus atinja criações comerciais. O Rio Grande do Sul é um dos principais estados exportadores de carne de frango, e o contágio de influenza aviária impactaria diretamente na economia.

As recomendações para quem está no litoral são as seguintes: não se aproximar ou tentar socorrer animais feridos ou doentes; não se aproximar de animais mortos; evitar circular com cães, gatos ou outros animais domésticos na beira da praia.

Por outro lado, os órgãos estaduais também alertam que não há risco no consumo de alimentos cozidos ou industrializados, como ovos e aves. Além disso, não há registro de influenza aviária em granjas avícolas, nem em criações de aves de subsistência no Estado.

Monitoramento reforçado em propriedades rurais do litoral

O diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura, Francisco Lopes (foto), pondera que partir de agora a tendência é de que o fluxo de aves migratórias diminua no Estado.







Foto por:
Seapi/Divulgação

Descrição da foto: Francisco Lopes

Essa observação é baseada no comportamento comum das aves, que, nesta época do ano, costumam se deslocar para o sul do continente. Porém, Lopes, faz a ressalva de que é preciso manter o monitoramento, uma vez que o vírus da gripe aviária está circulando.

“De forma geral, espera-se que o fluxo das aves diminua, levando em conta a lógica natural da migração, mas pode ser que haja alterações por conta da influenza, e não sabemos se isso poderá afetar ou não o movimento das aves.”

Como forma de reforçar a vigilância, equipes de fiscalização estão fazendo uma varredura em propriedades rurais litorâneas. O objetivo é verificar se há ocorrências de espécies contaminadas. As notificações de suspeitas são diárias.

Conforme os registros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Estado teve cinco focos de gripe aviária. As ocorrências foram em cisnes de pescoço preto, em maio na reserva do Taim, e as mais recentes em lobos e leões marinhos, e também em aves trinta-contos-de-reis.

Municípios estão envolvidos com a prevenção

Além de atuar ajudando a informar a população, os municípios litorâneos fazem o recolhimento das carcaças dos animais que morrem na praia. Lopes explica que uma Nota Técnica definiu as ações que seriam adotadas e que aos municípios caberia o recolhimento dos animais. “Verifica-se o local mais adequado possível e enterra esses animais.”

Coordenador da Vigilância em Saúde de Tramandaí, Victor Ilha explica que na terça-feira (31) houve uma reunião com representantes do governo do Estado para tratar das ações conjuntas. O município fará um informativo para orientar a população sobre a gripe aviária e também se responsabilizará pelos atendimentos e notificações de casos, dentro da competência da Secretaria da Saúde, e pelo monitoramento e coleta de material para laboratório, no âmbito da Secretaria da Agricultura.

Canal de notificações

Quem encontrar animais mortos ou doentes nas praias, deve notificar os órgãos do Estado pelo WhatsApp ou as autoridades locais: Agricultura – (51) 98445-2033 ou Meio Ambiente – (51) 98593-1288.

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