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SATÉLITE NATURAL

SUPERLUA: Já olhou para o céu hoje? Entenda por que a lua está mais brilhante

Fenômeno segue até a próxima quinta-feira e aparecerá também no fim de agosto, mas como superlua azul; saiba mais

Publicado em: 01/08/2023 às 18h:05 Última atualização: 29/12/2023 às 10h:39
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Quem gosta de admirar a lua terá neste mês de agosto duas oportunidades raras. Na noite desta terça-feira (1º), já é possível avistar uma superlua, nome popular da lua cheia ou nova que ocorre quando a lua está no ponto mais próximo (ou a no máximo 90% dele) da Terra. No dia 30, ocorre outra superlua, que, desta vez, será azul – porque toda a segunda lua cheia no mesmo mês é chamada de lua azul.

Superlua pode ser vista de Novo Hamburgo na noite desta terça-feira (1º) | abc+



Superlua pode ser vista de Novo Hamburgo na noite desta terça-feira (1º)

Foto: Igor Müller/GES-Especial

Para entender esses fenômenos é preciso ter conhecimento da movimentação lunar. Esse satélite natural dá uma volta inteira na Terra a cada 27,3 dias, segundo a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos. Ao longo desse período se sucedem as fases da lua, cada uma com aproximadamente sete dias: nova, crescente, cheia e minguante. Como a volta inteira dura menos do que 30 dias, é natural que alguma fase da lua se repita no mês.

A trajetória percorrida pela Lua ao dar a volta na Terra não é um círculo exato, mas uma elipse – espécie de círculo achatado. Por isso, a distância entre a Lua e a Terra varia ao longo do trajeto, e varia também a cada volta dada.

O ponto mais próximo que o satélite natural chega da Terra em cada volta é chamado perigeu. Em média, nesse momento a Lua fica a 362 mil quilômetros do planeta. Já o ponto mais distante que o satélite fica da Terra, a cada volta, é chamado apogeu. Em média, nesse momento o satélite natural está a 405 mil quilômetros da Terra. Embora haja uma diferença de 43 mil quilômetros, a diferença de tamanho da Lua, vista a olho nu a partir da Terra, não é muito significativa: o tamanho tem variação de, no máximo, 14%.

Como surgiu o nome

O nome “superlua” foi criado em 1979 pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle para designar uma lua nova ou cheia que ocorre quando o satélite chega à sua maior proximidade da Terra ou está próximo (pelo menos 90%) desse ponto.

As duas luas cheias de agosto vão ocorrer quando a Lua estiver no ponto mais próximo da Terra, daí serem chamadas superluas. E toda vez que ocorrem duas luas cheias no mesmo mês, a segunda é chamada lua azul. Daí termos, no fim de agosto, a superlua azul.

Nesta terça-feira a Lua estará a 357.530 quilômetros de distância da Terra. Em 30 de agosto, a distância será ainda menor: 357.344 quilômetros.

“Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta, basta que o tempo esteja favorável”, afirma Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, unidade de pesquisa do governo federal.

Quando a lua está cheia e no perigeu, surge 7% maior (por sua proximidade da Terra) e 15% mais brilhante (porque reflete mais luz do Sol para a Terra) do que uma lua cheia normal.

Este ano já teve uma superlua. No último dia 3 de julho ocorreu a superlua dos cervos, nome dado devido a julho ser o mês em que crescem os chifres nos cervos machos.

Como acompanhar

A superlua desta terça-feira pode ser vista a olho nu. Conforme o portal de notícias Tilt, da Uol, para observar o fenômeno basta olhar para a direção leste (lado oposto ao que o Sol estiver se pondo) e encontrará a Lua próxima ao horizonte.

O melhor horário para observar a Lua será justamente a primeira hora após nascer, pois ela aparece ainda maior. Depois, quando estiver mais alta no céu, poderá parecer até mais brilhante, mas menor e bem branca.

Mas, se não conseguir enxergar hoje, poderá tentar na quarta (2) ou mesmo na quinta-feira (3), quando ela ainda estará bastante iluminada.

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