Em que poderia resultar uma produção com uma atriz estreante, o melhor ator de filmes de super-herói, um jovem do elenco de “Dark” e uma estrela de “House”? E se fosse tudo baseado em um livro vencedor do Pulitzer?
Foi isso que fez “Toda Luz Que Não Podemos Ver”, minissérie disponível na Netflix, que apresenta uma ficção histórica impecável. Na produção temos a protagonista Aria Mia Loberti, em seu primeiro papel; Mark Ruffalo, famoso por interpretar o Incrível Hulk da Marvel, mas também elogiado merecidamente por como “Spotlight” e “Foxcatcher”, por exemplo; Louis Hofmann, o brilhante Jonas de “Dark”; Hugh Laurie, protagonista de “House” e reconhecido por filmes como “O Voo”.
Em poucos episódios, a minissérie conta um conflito real que aconteceu em uma ponta da França durante a Segunda Guerra Mundial, a Batalha de Saint-Malo, que ocorreu em agosto de 1944. Mas quem nos conduz por esse momento histórico são dois jovens: Marie-Laure LeBlanc, uma menina cega forçada a fugir de Paris com seu pai, Daniel, e um jovem soldado alemão, Werner, um órfão com talento para a engenharia.
A história pregressa de ambos vai sendo apresentada ao espectador – o que nos dá as camadas inigualáveis de suas trajetórias -, enquanto saltos temporais acontecem para que possamos entender como cada um chegou até ali.
A vida de cada personagem, além das performances impecáveis do elenco, nos dão o enriquecimento necessário para que possamos nos emocionar com tudo aquilo de mais brutal e humano que pode haver na guerra. Mesmo assim, não é uma história previsível e nem caricata. Mas é uma produção recomendada apenas para quem gosta de produções envolventes e que levam a sério a dureza de uma história realista.
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