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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO

Veja as escolas públicas da região que se destacaram em índice que avalia a educação básica

Resultado do Estado é aquém ao esperado em todas as etapas de ensino na educação básica

Laura Rolim
Publicado em: 15/08/2024 às 20h:55 Última atualização: 15/08/2024 às 20h:55
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O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta semana, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, que avalia a qualidade da educação das escolas públicas no País.

Para calcular os indicadores, o Ideb utiliza como parâmetro o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O índice é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Os números variam de 0 a 10, de modo que quanto melhor o desempenho dos alunos e mais alto o número de aprovados, maior é o Ideb.

Juneor destaca o que levou ao bom desempenho do IFSul | abc+



Juneor destaca o que levou ao bom desempenho do IFSul

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Conforme o indicador, o Rio Grande do Sul alcançou 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 0,4 pontos abaixo da meta estabelecida para o Estado no primeiro ciclo do Ideb (de 2007 a 2021). Já nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o Estado alcançou 4,9 pontos e o ensino médio registrou 4,2 pontos, abaixo da meta do Ideb projetada em todas as etapas de ensino.

Nas escolas estaduais, segundo o governo do Estado, as instituições mantiveram um rendimento constante nas notas de desempenho, sendo que a participação dos estudantes gaúchos da rede pública aumentou em todas as etapas avaliadas.

Mais de 132 mil estudantes de escolas estaduais participaram das provas no Estado. Conforme o índice, nos anos iniciais do ensino fundamental, o Estado obteve a nota de 5,8. Já nos anos finais do ensino fundamental, o indicador ficou em 4,7. No ensino médio, no entanto, o indicador registrou 3,9.

Conforme a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, os resultados demonstram uma realidade mais precisa, já que o índice alcançou um escopo maior da rede estadual de ensino.

“O recorde em participação passa a permitir o diagnóstico do desempenho em 1.668 escolas adicionais, considerando todas as etapas avaliadas frente a 2021. Esses dados serão utilizados para orientações pedagógicas focalizadas e melhor adaptadas às escolas da rede estadual”, diz. Raquel destaca que o Programa de Estudos de Aprendizagem Contínua surgiu justamente para “suprir as aprendizagens deficitárias”.

IFSul vai bem no ensino médio

Na região de cobertura do Grupo Sinos, o destaque do Ideb no ensino médio foi para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) Câmpus Novo Hamburgo, que, em todo o Estado, ficou em 2º lugar entre as escolas públicas, com nota 6,5, assim como o Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria. Além disso, no ranking nacional, o instituto ficou entre as 40 melhores escolas do país.

O resultado obtido no índice foi bastante comemorado pelo instituto, que atende alunos de 20 municípios da região, como São Leopoldo, Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti, Estância Velha e, claro, Novo Hamburgo.

Para o chefe de departamento de ensino, pesquisa e extensão do IFSul, Juneor dos Santos Brehm, o resultado faz parte do trabalho desenvolvido com os estudantes.

“Nós temos um quadro de professores muito bons, dedicados e com uma formação excepcional, a maioria com doutorado”, destaca. “Os alunos têm muita liberdade aqui. Além disso, temos projetos relacionados aos cursos”, acrescenta.

Brasil também fica devendo

O Brasil registrou uma ligeira melhora na qualidade da educação básica, mas ainda se mantém distante de metas. Nos anos iniciais (1º ao 5º) do ensino fundamental, o País teve nota 6 no Ideb 2023, o que superou o patamar anterior ao coronavírus (5,9). Já nos anos finais do fundamental (6º ao 9º), o resultado foi 5 em 2023, ante 4,9 em 2019. A meta para essa fase era de 5,5. No ensino médio, o Brasil ficou com 4,3; ante 4,2 em 2019. O índice é um ponto menor do que a meta de 5,2, prevista para 2021.

Escolas da região entre as cem do Rio Grande do Sul

Ensino médio
IFSul (Novo Hamburgo): 6,5
Escola Décio Martins Costa (Picada Café): 5,3
Escola Guilherme Exner (Presidente Lucena): 5,1
Colégio Cônego Afonso Scherer (Santa Maria do Herval): 5,1
Escola Jacob Hoff (Harmonia): 4,9
Instituto Barão de Tramandaí (Tramandaí): 4,9
Escola João Corrêa (Canela): 4,8

Ensino fundamental (Anos Finais)
Escola Municipal Tiradentes (Morro Reuter): 7,1
Escola Municipal Alfredo Spier (Feliz): 6,6
Escola Municipal 25 de Julho (Picada Café): 6,6
Escola Municipal Rui Barbosa (Campo Bom): 6,5
Escola Estadual João Wagner (Morro Reuter): 6,5
Escola Estadual 10 de Setembro (Dois Irmãos): 6,4
Escola Municipal Albano Hansen (Dois Irmãos): 6,4
Escola Municipal Marechal Cândido Rondon (Estância Velha): 6,4
Escola Municipal Machado de Assis (Igrejinha): 6,4
Escola Municipal Santa Joana Francisca (Picada Café): 6,4
Escola Municipal Pastor Rodolfo Saenger (Sapiranga): 6,4
Escola Municipal Jardim Panorâmico (Ivoti): 6,3
Escola Estadual Protásio Diogo de Jesus (Canoas): 6,2
Escola Municipal Primavera (Dois Irmãos): 6,2
Escola Municipal Otávio Rocha (Estância Velha): 6,2
Escola Henrique Bertoluci Sobrinho (Gramado): 6,2

Ensino fundamental (Anos Iniciais)
Escola Municipal Dona Carolina (Igrejinha): 8
Escola Municipal Santa Joana Francisca (Picada Café): 7,9
Escola Municipal Albano Hansen (Dois Irmãos): 7,8
Escola Municipal Independência (Rolante): 7,8
Escola Municipal Rui Barbosa (Campo Bom): 7,6
Escola Estadual La Salle (Campo Bom): 7,6
Escola Estadual Willy Oscar Konrath (Sapiranga): 7,6
Escola Municipal Vila Aparecida (Portão): 7,5

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